Autoridade Bancária Europeia adia testes de stress ao Novo Banco
Porto Canal / Agências
Redação, 10 out (Lusa) - A Autoridade Bancária Europeia vai divulgar os resultados dos testes de resistência realizados a 123 bancos a 26 de outubro, mas adiou o exercício dos testes de stress ao Novo Banco, após a solução adotada para a instituição.
Em comunicado, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa) anunciou hoje que os resultados dos testes de stress realizados a 123 bancos de 22 países serão divulgados no domingo, dia 26 de outubro, às 12:00 de Lisboa, e em simultâneo o Banco Central Europeu (BCE) irá publicar os resultados da sua Comprehensive Assessment (Avaliação de Ativos).
Sobre o Novo Banco, a EBA adianta que tendo em conta a recente solução adotada e a criação desta nova instituição financeira, o teste de stress foi adiado, sem referir nova data.
Os testes de stress avaliam a capacidade de resistência dos bancos da União Europeia face a um potencial cenário macroeconómico adverso.
Os resultados, verificados por autoridades competentes como o BCE, incidem sobre 12.000 indicadores de cada banco em toda a União Europeia e a composição do seu capital, os ativos ponderados pelo risco (RWA), ganhos e perdas, exposição à dívida, risco de crédito e securitização.
"O teste de stress bancário da União Europeia não incide apenas sobre os bancos que podem falhar ou não. Pelo contrário, vai fornecer informações valiosas sobre os progressos realizados até agora pelos bancos da União Europeia na limpeza dos seus balanços e no reforço da sua posição de capital. O exercício também oferece um nível incomparável de transparência no setor bancário da União Europeia, de modo a promover a disciplina do mercado e a confiança dos investidores", disse Piers Haben, responsável da EBA.
Os teste de stress foram realizados com dados recolhidos desde dezembro de 2013 e para um horizonte temporal de três anos.
A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do Banco Espírito Santo (BES), após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi nomeado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos
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