OCDE acredita que em 2014 o desemprego vai subir em Portugal

OCDE acredita que em 2014 o desemprego vai subir em Portugal
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Porto Canal

A OCDE acredita que o desemprego em 2014 vai continuar elevado, principalmente entre os jovens e trabalhadores pouco qualificados, com Portugal a manter a terceira taxa mais elevada, revela um relatório da instituição hoje apresentado em Paris.

Segundo as últimas projeções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) a taxa de desemprego deverá manter-se relativamente estável até ao final de 2014, - deve passar de 8% em maio de 2013 para 7,8% no total dos países -, registando-se um aumento em países como Portugal, que passará dos 17,6% registados em maio para 18,5% no final de 2014. Um valor que lhe confere a terceira mais alta dos países que compõem a organização.

Já na zona euro, o desemprego deverá aumentar de 12,2% em maio de 2013 para 12,3% no final de 2014.

O desemprego deverá subir ainda em Espanha, Grécia, Eslováquia, Irlanda, Itália e França e descer em países como a Eslovénia, Finlândia, Alemanha (5,3% em maio para 5% no final de 2014) e Estados Unidos (7,6% em maio para 7% no final de 2014).

Espanha, Grécia e Portugal vão continuar, assim, no topo da tabela da OCDE. O desemprego espanhol deverá aumentar de 26,9% para 27,8%, na Grécia a taxa de desemprego deverá passar de 26,8% para 28,2%.

O relatório sublinha que a taxa de desemprego jovem se encontra ainda num "nível sem precedentes em vários países", como acontece na Grécia com 60%, na África do Sul com 52%, em Espanha com 55% e 40% em Portugal e Itália.

O chefe da Direção de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OCDE, Stefano Scarpetta, destacou Portugal como "um bom exemplo", sendo, provavelmente, "o único exemplo de um país europeu que tomou medidas significativas no mercado de trabalho, mesmo antes da crise, ou na altura em que teve início a crise".

Stefano Scarpetta adiantou que "os elementos chave" das reformas levadas a cabo por Portugal "parecem estar a seguir a direção certa".

"Portugal está a trabalhar no desenvolvimento", acrescentou.

O chefe da Direção de Emprego, Trabalho e Assuntos Sociais da OCDE considera "absolutamente importante" que Portugal trabalhe medidas que combatam o desemprego jovem.

"Estamos a trabalhar com o Governo para trazer a experiência de outros países que já desenvolveram programas para o emprego jovem e veremos como as lições tiradas por esses países podem ser relevantes para Portugal", concluiu.

Ao longo dos 34 países da OCDE existem mais de 48 milhões de pessoas desempregadas, quase mais 16 milhões que no início da crise.

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