Fundação para a Saúde quer internacionalizar sucessos do SNS
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 jul (Lusa) -- A Fundação para a Saúde pretende criar um projeto para pôr o Serviço Nacional de Saúde (SNS) no mapa europeu e internacional, "transferindo os seus sucessos" para países que deles queiram beneficiar.
Constantino Sakellarides, presidente da Fundação, explicou à agência Lusa que esta proposta será submetida ao congresso, que se realizará em setembro, "SNS: Um Património de Todos".
A ideia será a Fundação para a Saúde oferecer a sua disponibilidade para colaborar tecnicamente com o Ministério da Saúde para realizar esta internacionalização.
"O Ministério da Saúde deve ter um papel fundamental nisso. Mas se o Ministério da Saúde não fizer, fazemos nós na mesma", acrescentou Constantino Sakellarides.
No documento estratégico que será levado ao congresso de setembro, e a que a Lusa teve acesso, a Fundação apresenta como uma das respostas à crise europeia a criação de um SNS Europa e de um SNS Global.
No primeiro caso, o projeto destina-se a pôr os exemplos positivos do SNS português em países que deles possam precisar. No caso do SNS Global, trata-se de uma "internacionalização", com particular ênfase nos países de expressão portuguesa.
"Precisávamos de um pacote com detalhes operacionais sobre os sucessos que o SNS tem alcançado, bem como contactos em Portugal para se realizar esta internacionalização. Além deste pacote é preciso ter uma estratégia", afirmou Constantino Sakellarides em entrevista telefónica à Lusa.
Para o perito em saúde pública, estes projetos não têm custos elevados e apresentam benefícios potenciais, como a exportação de tecnologias de saúde e de outros produtos nacionais associados a esta área.
O documento da Fundação considera também fundamental rever, com urgência, as normas europeias que permitem às pessoas procurarem cuidados de saúde noutros países, lembrando que esta legislação foi pensada numa altura em que "parecia desenhar-se uma certa convergência no desenvolvimento dos sistemas de saúde europeus".
ARP // SO
Lusa/fim