Estado da Nação: PCP congratula-se com triunfo do povo sobre o Governo

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 12 jul (Lusa) - O secretário-geral do PCP elogiou hoje as diversas formas de luta "dos trabalhadores e do povo português" que fizeram o Governo chegar "derrotado e ultrapassado" ao debate sobre o 'estado da Nação', no parlamento.

"Apesar de terem um Governo, uma maioria, um Presidente, o capital amigo e motivador, nacional e estrangeiro, os centros de decisão europeus, a comunicação social e um exército de comentadores, como foi possível estarmos hoje perante governo derrotado?", afirmou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista deu em seguida a sua explicação, argumentando que o executivo da maioria PSD/CDS-PP não contou "com os trabalhadores e o povo português, a sua luta, o seu descontentamento".

"A coragem foi desses portugueses, num quadro de chantagem, num quadro de desemprego, de aumento da exploração", elogiou, após falar de "demissões concretizadas e tentativas de deserção", referindo-se aos episódios protagonizados pelo anterior responsável pelas Finanças, Vítor Gaspar, e pelo líder democrata-cristão, Paulo Portas.

O primeiro-ministro respondeu que "uma parte do parlamento quer convencer os portugueses de que a redução da despesa é feita porque" o Governo deseja "impor sacrifícios às pessoas"

"Viveremos à medida das nossas possibilidades, mas estamos a fazer tudo para que essas possibilidades aumentem", disse Passos Coelho, defendendo que "as causas profundas da crise estão naquilo que obrigou Portugal a ter o memorando e não no memorando" e a ajuda externa aconteceu porque Portugal não se soube governar.

Para o líder do executivo, há "responsabilidade de muita gente" e "nenhuma das formações (políticas) está isenta de responsabilidades", acrescentando que o acordo com a 'troika', não sendo "um milagre, também não é uma agressão".

"O Presidente fez uma proposta para salvar a política de direita e não o país", criticou ainda Jerónimo de Sousa sobre o apelo ao entendimento entre PSD, PS e CDS-PP por parte de Cavaco Silva, classificando os próximos cortes na despesa anunciados (4,7 mil milhões de euros) como "um programa de terrorismo social" de um Governo "derrotado e ultrapassado".

HPG // SMA

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