Mota-Engil diz que ainda vai levar tempo até que assuma gestão da EGF
Porto Canal / Agências
Lisboa, 18 set (Lusa) - A Mota-Engil anunciou hoje que não foi ainda notificada de que venceu a privatização dos 95% da EGF e esclareceu que se "seguirão um conjunto de procedimentos" até que a gestão daquela empresa seja assegurada pela construtora.
O consórcio SUMA, liderado pela Mota-Engil, venceu o concurso para a privatização de 95% do capital da EGF - Empresa Geral do Fomento, a sub-holding do grupo Águas de Portugal, de acordo com o Conselho de Ministros.
Em comunicado, a Mota-Engil "informa que tomou conhecimento" da decisão, de que o consórcio liderado pela sua subsidiária SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente venceu o concurso, através da página eletrónica do Governo.
"Embora a empresa ainda não tenha sido notificada oficialmente da decisão supra, cumpre esclarecer que se seguirão um conjunto de procedimentos até que a gestão do grupo de empresas liderado pela EGF passe a ser assegurada pela Mota-Engil", refere a construtora em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
"A inclusão da EGF no perímetro do grupo Mota-Engil corresponderá, na linha do Plano Estratégico Ambição 2.0, ao reforço do processo de diversificação do GRUPO e de balanceamento da contribuição dos negócios na Europa face ao crescimento em África e na América Latina", refere.
"É nossa convicção que será assim dado mais um passo para termos um grupo nacional forte que capitaliza a experiência em Portugal para reforçar o seu processo de internacionalização. Importa por fim informar que, para completo esclarecimento dos senhores accionistas, após a notificação oficial da decisão hoje conhecida, será divulgada informação detalhada sobre a transacção e futuro enquadramento da área de negócio e do grupo SUMA", conclui a empresa.
De acordo com o comunicado do Governo, "o Conselho de Ministros, após a análise do relatório apresentado pela Parpública e pela Águas de Portugal e do parecer emitido pela comissão especial de acompanhamento, verificou que a apreciação dos três concorrentes e das respetivas propostas vinculativas em face dos critérios estabelecidos no caderno de encargos, conduz à seleção do concorrente consórcio SUMA como vencedor, atento o maior mérito da respetiva proposta".
O vencedor fica com 95% do capital social da EGF, empresa responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 empresas de norte a sul do país que têm como acionistas a empresa estatal Águas de Portugal (51%) e os municípios (49%).
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