PSP de Viana reforça policiamento no local das agressões mortais a jovem de 19 anos

| Norte
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 10 jul (Lusa) - A PSP de Viana do Castelo reforçou hoje o policiamento no local onde, em 2010, morreu um jovem de 19 anos, vítima de agressões, depois dos quatro arguidos deste processo terem saído do tribunal em liberdade.

"Foi demonstrada essa preocupação pelo senhor doutor juiz e pelos visados [arguidos], por isso vamos ter essa preocupação de patrulhamento na Meadela, nos próximos dias", explicou o comandante da PSP de Viana do Castelo, intendente José Vieira da Cruz.

Este policiamento, que já começou a ser feito durante a tarde, acontece pouco depois de os quatro arguidos no processo das agressões, que se revelaram fatais para Tiago Puga, terem sido condenados a penas de multa por crimes de omissão de auxílio e dois de ofensas à integridade física simples, um deles agravado pela morte.

O autor confesso do empurrão que provocou a queda, e consequente lesão craniana que levou à morte do jovem, foi condenado pelo tribunal de Viana do Castelo a dois anos e seis meses de prisão, pena suspensa por igual período, o que motivou, ainda em plena sala de audiência, a indignação e gritos de "vergonha" por parte de alguns dos cerca de 20 amigos de Tiago que assistiam à leitura do acórdão.

Pouco depois, e ainda dentro do tribunal, ouviram-se vários gritos de protesto, o que obrigou o juiz a chamar a PSP para repor a ordem e assegurar a saída, em carros patrulha, dos arguidos, tudo perante gritos e ameaças dos vários jovens que se concentraram no exterior.

"Os visados [arguidos] foram levados para a Polícia pelo nosso pessoal, devidamente protegidos", explicou o comandante da PSP de Viana do Castelo, sublinhando que, contrariamente ao que aconteceu nas primeiras sessões do julgamento - iniciado em março e que agora chegou ao fim -, o tribunal "não solicitou a presença" de agentes para a leitura da decisão deste caso, que aconteceu hoje.

"Numa situação normal pediam a nossa comparência. Neste caso não foi pedida, quando o foi, pelo senhor juiz de círculo, viemos imediatamente para o local, para garantir a segurança das pessoas e do tribunal", afirmou ainda Vieira da Cruz.

A preocupação da PSP centra-se agora com a zona onde aconteceram as agressões fatais, junto a um café da freguesia da Meadela, na cidade de Viana do Castelo, e a 60 metros de um talho cujo proprietário era arguido neste processo.

"Nestes primeiros dias vamos ter um cuidado especial relativamente à zona do talho. Estamos atentos ao evoluir da situação e prontos para qualquer eventualidade", admitiu ainda o intendente Vieira da Cruz.

Na ocasião, a 05 de março de 2010, após a queda, fruto do empurrão durante a "altercação" que se verificou na praça pública, Tiago Puga sofreu um traumatismo craniano e esteve em coma induzido durante cinco dias, até lhe ser declarado o óbito.

O tribunal admitiu a existência de "quezílias" entre o proprietário do talho e o grupo de jovens que se concentrava na zona, conhecidos localmente por consumo e pequeno tráfico de droga.

Na véspera, alguém ateou uma fogueira à porta do talho, o que provocou um prejuízo de 150 euros, levando o proprietário a apresentar queixa na PSP, apontando os elementos do alegado grupo de Tiago Puga como possíveis autores.

PYJ

Lusa/fim

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