Reitor de Colégio Português em Roma admite “bairrismo” na escolha de novo Papa

Reitor de Colégio Português em Roma admite “bairrismo” na escolha de novo Papa
AFP
| Mundo
Porto Canal/ Agências

O reitor do Colégio Pontifício Português gostaria que algum dos cardeais portugueses “passasse pela varanda da Basílica de São Pedro” depois do Conclave, por uma “questão de bairrismo”, embora diga que “todos estejam preparados” para suceder a Francisco.

“Eu espero que todos regressem do conclave, ainda que algum regresse, passando pela varanda da Basílica de São Pedro”, porque, “naturalmente nós somos um pouco bairristas de toda a maneira”, afirmou à Lusa António Estêvão Fernandes, comentando a possibilidade de um dos quatro cardeais eleitores portugueses ser escolhido como novo Papa.

Pela primeira vez na história, Portugal tem quatro cardeais eleitores (Manuel Clemente, António Marto, Tolentino de Mendonça e Américo Aguiar) e três deles ficam a dormir no Colégio Pontifício Português, um estabelecimento da Igreja Católica portuguesa que serve de “estado-maior” da hierarquia religiosa nacional junto do Vaticano.

“Acolher três cardeais eleitores não foi difícil porque percebe-se a excecionalidade da situação e a casa preparou-se com tranquilidade para receber os cardeais que participam no conclave, até porque já são visitas habituais” do colégio, explicou o sacerdote madeirense, de 42 anos.

Dos quatro cardeais, o único que vive em Roma é Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Educação e Cultura, cargo da Cúria Romana para onde foi convidado por Francisco, que faleceu a 21 de abril.

“Depois do Conclave, deverão regressar para cá para depois aguardarem pela missa de início pontificado”, explicou António Estêvão Fernandes.

Entretanto, os três cardeais portugueses vivem uma “vida normal”, interrompida pelas congregações gerais, reuniões dos cardeais eleitores e não eleitores que antecedem o Conclave, que tem início na próxima quarta-feira.

“Tomamos refeição juntos, café e a celebração eucarística juntos”, com um “contacto próximo, normal, afável, de proximidade, muito são mas também de respeito mútuo”, explicou o reitor, referindo-se ao convívio dos cardeais com os 32 alunos do colégio, de países tão diversos como Portugal, Chile, Brasil, Coreia do Sul, Angola ou Índia.

Admitindo que existe um “natural entusiasmo” de alguns ao saberem que têm na casa “três cardeais que vão ter consigo a responsabilidade de dar o sucessor de Pedro à Igreja”, o reitor salienta que ninguém os tenta convencer do melhor candidato.

“Deixamos isso ao cuidado dos cardeais com aquilo que é a inspiração do Espírito Santo”, disse o reitor, embora elogiando o perfil dos eleitores portugueses.

“Eu creio que qualquer um daqueles que lá está pode servir bem a Igreja” e “cada um ao seu estilo pode contribuir para aquilo que é o caminho da Igreja no futuro”, acrescentou.

O Conclave tem início na quarta-feira, dia 07 de maio e caberá aos 133 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, a responsabilidade de escolher o sucessor de Francisco.

Todos os dias serão feitas quatro votações e o futuro Papa deverá ter pelo menos dois terços dos boletins contados.

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