Banque Privée Espírito Santo diz que salvaguardou interesses dos clientes
Porto Canal / Agências
Lisboa, 03 set (LUSA) - O Banque Privée Espírito Santo reafirmou hoje que tomou todas as medidas para salvaguardar os interesses dos seus clientes e assegurou que o inquérito em curso não tem impacto direto sobre o processo de cessação de atividade e liquidação solvente.
A autoridade suíça de vigilância dos mercados financeiros (FINMA) revelou hoje que o Banque Privée Espírito Santo está sob investigação para "determinar o papel da sociedade suíça Banque Privée Espírito Santo na distribuição de títulos e de produtos financeiros do Grupo Espírito Santo (GES)".
Por isso, o Banque Privée Espírito Santo emitiu um comunicado de esclarecimento em que reiterou "que tomou e continuará a tomar todas as medidas que estão ao seu alcance para salvaguardar os interesses dos seus clientes que têm exposição às empresas do GES".
De acordo com o comunicado, "o inquérito agora iniciado não tem um impacto direto sobre o processo de cessação de atividade e liquidação solvente, que continua a decorrer".
O Banque Privée Espírito Santo reiterou ainda a sua "total disponibilidade de colaborar com as autoridades suíças no esclarecimento dos factos e na investigação em curso" e disse que "aguarda com serenidade o resultado da investigação da FINMA, que decorrerá, previsivelmente, até janeiro de 2015".
"A gestão do Banque Privée Espírito Santo sempre se pautou de forma correta e transparente, cumprindo as normas e preceitos legais, regulamentares e de conduta, aplicáveis à atividade bancária, tanto na Suíça como em Portugal", assegurou.
Com a investigação ao Banque Privée Espírito Santo a FINMA pretende averiguar se houve violação do direito de vigilância e analisar a influência dos proprietários do banco nas atividades na Suíça.
O Banque Privée Espírito Santo é uma instituição detida a 100% pela Espírito Santo Financial Group, 'holding' que controla 20,1% do Banco Espírito Santo (BES).
No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.
No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas.
No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.
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