Deputados chamam CP ao parlamento sobre prestadora de serviços de limpeza Highpoint
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Porto Canal/ Agências
O Conselho de Administração da CP vai ser chamado ao parlamento para esclarecimentos sobre a situação laboral dos trabalhadores da empresa HighPoint, que presta serviços de limpeza à transportadora ferroviária, após requerimento do BE, esta quarta-feira aprovado.
O requerimento do Bloco de Esquerda (BE), apresentado na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas e Habitação, em conexão com a comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, pretendia a audição, com caráter de urgência, da empresa HighPoint, do Conselho de Administração da CP – Comboios de Portugal, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviço de Portaria, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) e do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.
Na terça-feira, o STAD anunciou que os trabalhadores da HighPoint vão estar em greve nos dias 31 de janeiro e 01 de fevereiro, contra a prática de pagamento dos salários com atraso, se o salário de janeiro não for pago até sexta-feira de manhã.
Na reunião desta quarta-feira da comissão de Economia, o deputado bloquista José Soeiro considerou que “a responsabilidade, obviamente, é da empresa, mas não só, é também de quem contrata e que tem de garantir que as empresas têm condições de cumprimento das suas obrigações”.
Os grupos parlamentares do PSD e Chega começaram por afirmar que iriam votar contra o requerimento, por entenderem que estava fora do âmbito daquela comissão, enquanto o PS disse ser a favor de todas as audições.
Esta questão causou mesmo um momento tenso entre o Chega e o BE, com acusações de ignorância por parte do deputado José Soeiro e de falta de educação, arrogância e outros insultos por parte do deputado Filipe Melo.
O BE sugeriu que fosse feita uma votação entidade a entidade, tendo sido então aprovada apenas a audição do Conselho de Administração da CP, com o voto contra do Chega.
As restantes audições foram aprovadas na comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, à exceção da do ministro das Infraestruturas.