Mota Engil África será cotada em bolsa "assim que haja condições"- Presidente Executivo
Porto Canal / Agências
Lisboa, 28 ago (Lusa) -- A Mota Engil mantém a estratégia de cotar os títulos da Mota Engil África na Bolsa de Londres "assim que haja condições para fazê-lo", garantiu hoje o presidente executivo do grupo, mas sem avançar prazos.
"A estratégia do grupo mantém-se. Tivemos um processo que culminou com umas semanas e um dia de 'mini crash' que dificultaram [a entrada em bolsa] e estamos agora a monitorizar o mercado para avaliar a sua consistência, mas por nós a estratégia mantém-se e assim que haja condições para o fazer, vamos fazê-lo", assegurou Gonçalo Moura Martins na conferência de imprensa de apresentação dos resultados semestrais do grupo.
O presidente executivo da empresa escusou-se a avançar com uma data, admitindo que o "desejável" seria que fosse "ainda este ano".
"Neste momento, estamos a atualizar as contas. O mercado ainda está muito volátil, mas é preciso ter consciência de que quando formos outra vez ao mercado tem de ser à prova de bala", referiu o responsável.
A construtora portuguesa anunciou, a 16 de junho, que ia pedir admissão na Bolsa de Londres das ações que pretende dispersar da sua 'holding' para África e que representam 20% da empresa, uma decisão aprovada pelos acionistas em assembleia-geral realizada em dezembro, mas acabou por recuar.
A 11 de julho a Mota-Engil informou que interrompeu a entrada da Mota-Engil África na London Stock Exchange devido "à recente e significativa deterioração das condições de mercado e do consequente resultado no sentimento dos investidores".
Dias antes, o presidente executivo da construtora tinha afirmado acreditar que a dispersão de capital da Mota-Engil África na Bolsa de Londres em meados de julho seria uma oportunidade para os fundos de investimento em mercados emergentes.
A 26 de junho, a Mota-Engil tinha ainda referido que se esperava que "a admissão se tornasse efetiva e que a negociação incondicional das ações na London Stock Exchange começasse às 8:00 (hora de Londres) do dia 16 de julho 2014".
Ainda em conferência de imprensa, esta tarde, Gonçalo Moura Martins garantiu que o grupo Mota Engil, que registou um resultado líquido positivo de 31,1 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que representa um crescimento de 50% face ao período homólogo de 2013, não sofreu quaisquer consequências com a crise do Banco Espírito Santo (BES).
"A nossa única e exclusiva consequência com a crise no BES foi mudar para o Novo Banco", afirmou, assegurando que o grupo não tinha papel comercial ou qualquer outra exposição ao Grupo Espírito Santo (GES).
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