PS do Porto condena esvaziamento da sede do Património Cultural e desvio para Lisboa
Porto Canal/Agências
A concelhia do PS do Porto condenou "o esvaziamento" da sede do Instituto do Património Cultural e o desvio para Lisboa, acusando o Governo de "desnorte na política cultural" e de desrespeitar a cidade e região Norte.
Em comunicado, a Comissão Política Concelhia do Porto do PS afirma ter tido conhecimento do "esvaziamento da sede do Património Cultural", instituto público criado no início do ano e instalado na cidade do Porto "por decisão do anterior governo" socialista.
Para o PS, o "esvaziamento do Instituto do Património Cultura do Porto demonstra o centralismo do Governo PSD/CDS-PP, o desnorte na política cultural e o desrespeito para com o Porto".
A concelhia indica que a inatividade do instituto "é uma realidade" desde junho, mês em que "a atual ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, afastou as equipas diretivas, não existindo qualquer comunicação oficial sobre este tema".
Nesse sentido, o PS vai instar os eleitos na Assembleia da República a questionarem o Governo, apresentar um voto de repúdio no executivo da Câmara Municipal do Porto e fazer "tudo o que estiver ao seu alcance para impedir esta decisão errada e centralista que afronta o Porto, o distrito e região".
Citado no comunicado, o presidente da concelhia e vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Tiago Barbosa Ribeiro, manifesta a "mais profunda condenação e indignação" pela situação, que, considera, "demonstra a matriz centralista deste Governo".
"Este centralismo feroz evidencia do mesmo modo uma profunda desorientação do Governo em relação à política cultural e à reestruturação organizativa que estava em curso", acrescenta.
Desde o dia 01 de janeiro que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) deu lugar a duas entidades distintas: o Instituto Público Património Cultural, com sede no Porto, e a Empresa Publica Museus e Monumentos de Portugal, com sede em Lisboa, ambas com obrigação, segundo o anterior Governo, de cumprimento de “eficiência económica nos custos” e de uma “gestão por objetivos”.