A nova "ponte" da estação de Campanhã

A nova "ponte" da estação de Campanhã
| Porto
Porto Canal / Agências

O novo edifício da estação de Campanhã, no Porto, cuja construção para receber serviços de alta velocidade está prevista até 2030, será "como uma ponte" sobre as linhas ferroviárias. "É evidente o conceito que está subjacente ao projeto, que se traduz num gesto simples, apresentando o novo edifício da estação como uma ponte, que, passando por cima das linhas de comboio, 'pousa' sobre as duas novas praças, a nascente e a poente", pode ler-se no relatório de análise e avaliação de propostas para o primeiro troço da linha de alta velocidade (Porto - Oiã).

De acordo com o documento, a solução proposta no projeto submetido pelo consórcio LusoLav (Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Construções Gabriel A.S. Couto), único concorrente, tem "uma volumetria distinta da preconizada no Plano de Urbanização de Campanhã para as edificações que lhe ficarão adjacentes", pelo que o novo edifício da estação de Campanhã "se irá destacar, claramente, dos demais".

 
 
 
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"Os serviços que se encontram hoje instalados no atual edifício da estação" serão "relocalizados em consequência da intervenção de reorganização que o concorrente se propõe realizar nesse edifício", o que resultará "numa área bruta total de construção superior ao valor mínimo definido no Programa Preliminar" do caderno de encargos do concurso público.

No projeto do novo edifício, é assegurado que "a demolição da torre do relógio existente garante um acesso franco à Passagem Superior Pedonal (PSP)" a construir.

Há ainda uma "proposta de valorização do atual edifício de passageiros" da estação de Campanhã, que prevê "libertar todo o seu átrio de entrada (hoje parcialmente ocupado pelas bilheteiras da CP) e, dessa forma, melhorar, substancialmente, o acesso poente à Passagem Inferior Pedonal (PIP) Sul".

Além disso, há ainda uma "alteração proposta ao acesso à Passagem Inferior Pedonal (PIP) Sul, que passará a ser feito diretamente a partir do átrio principal do edifício de passageiros existente", o que para o júri do concurso "constitui uma franca melhoria relativamente à situação atual, que obriga a um percurso sinuoso no seu interior até se aceder às escadas e elevadores situados na plataforma da linha I".

A nova praça poente, atual entrada principal da estação, assume-se "como uma nova plataforma arborizada e exclusivamente pedonal", e a intervenção de que será alvo "visa resolver os problemas existentes no sistema viário envolvente e nas acessibilidades à estação".

"A memória descritiva refere, igualmente e de forma clara, o desenvolvimento de ciclovias nos principais eixos da área da estação, contribuindo para a integração dos modos suaves no sistema viário", pode ainda ler-se no documento.

Além do parque de estacionamento para automóveis ligeiros, também estão previstos "para motociclos, bicicletas e outros modos suaves (por exemplo: scooters elétricas)".

Na sexta-feira, o Conselho de Ministros aprovou o seguimento para concurso da adjudicação da concessão da conceção, projeto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização da linha ferroviária de alta velocidade no troço entre o Porto (Campanhã) e Oiã (Aveiro).

A linha de alta velocidade Lisboa-Porto deverá ligar as duas principais cidades do país em cerca de uma hora e 15 minutos, com paragens possíveis em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria.

A primeira fase (Porto-Soure) da linha de alta velocidade em Portugal deverá estar pronta em 2030, estando previsto que a segunda fase (Soure-Carregado) se complete em 2032, com ligação a Lisboa assegurada via Linha do Norte.

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