Marco Martins critica “falta de resposta” do Governo a pedido de meios para o Porto

Marco Martins critica “falta de resposta” do Governo a pedido de meios para o Porto
CM Gondomar
| Norte
Porto Canal / Agências

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil do Porto, Marco Martins, criticou esta terça-feira, em Gondomar, o Governo pela falta de resposta ao pedido de apoio para o combate aos incêndios, apelando a que olhe para o distrito.

Em declarações à Lusa à margem do ponto de situação dos incêndios que lavram em Gondomar, concelho a que preside, Marco Martins deu conta que os meios que estão no terreno estão exaustos e que o reforço que existia foi colocado nos fogos na região Centro.

Questionado se tinha pedido reforço de meios, o autarca respondeu: “já fiz o pedido enquanto presidente distrital da Proteção Civil, aliás estou à espera, nem sei se o Governo ainda existe”.

“Ninguém do Governo me contactou até este momento, e isto não tem a ver com política, porque trabalhei com governos do PS e o do PSD de Passos Coelho e sempre tive contactos. Até este momento, não obstante já ter enviado mensagens à ministra [da Administração Interna], ninguém do Governo, secretário de Estado me contactou”, acrescentou.

Para Marco Martins, “o Governo tem de olhar também para o distrito do Porto”.

Pelo menos sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo a região norte e centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real e Viseu, destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas, como a A1, A25 e A13.

As mais recentes vítimas são três bombeiros que morreram esta terça-feira num acidente quando se deslocavam para um incêndio em Tábua, distrito de Coimbra.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que na região norte e centro, atingida pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.

Esta terça-feira, cerca das 17h30, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) registava 180 ocorrências, envolvendo mais de 6.300 operacionais, apoiados por 1.900 meios terrestres e 39 meios aéreos.

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