“Um verdadeiro rali”. Boavista é palco de corridas ilegais em plena luz do dia

“Um verdadeiro rali”. Boavista é palco de corridas ilegais em plena luz do dia
| Porto
Maria Leonor Coelho

A proximidade ao centro da cidade, a densificada rede de transportes e a diversidade de serviços fazem da Boavista uma das zonas mais cobiçadas do Porto. E é nas ruas adjacentes à Avenida da França que nas últimas semanas têm decorrido corridas de alta velocidade que, de acordo com os relatos dos moradores, são organizadas por pessoas em situação de sem abrigo que pernoitam nas imediações.

 
 
 
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É por volta das 18h00 que, por norma, o grupo se junta nas imediações do antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar no Porto, agora apelidado de “patinho feio” da Boavista, para dar início “a um verdadeiro rali”, denunciam os moradores da Avenida da França.

Na Boavista, os cincos semáforos verdes não se desligam em simultâneo, mas nem isso demove a alta velocidade de assumir o papel principal no meio da azáfama característica desta zona da cidade. “Organizam competições a dois para ver quem chega primeiro, mas também fazem corridas cronometradas, cada um na sua vez”, explica a vizinhança.

No início deste mês, “estiveram às voltas entre a Rua Capitão Henrique Galvão e a rua do Mercadona, fizeram a avenida do metro em contramão, por diversas vezes, a alta velocidade”, conta um dos moradores, que afirma, inclusive, já ter feito queixa às autoridades. “Há uma semana chamei a polícia por causa de uma corrida destas com três carros, bem que esperei, mas não apareceram”, garante.

Os automobilistas que participam nestas corridas “são os mesmos que, durante a noite, dormem em frente ao antigo edifício militar” e invadem os jardins dos prédios vizinhos para “fazer necessidades e trocar de roupa”.

Conforme o Porto Canal avançou esta quinta-feira, o antigo edifício da Direção de Recrutamento Militar no Porto tem-se vindo a revelar um verdadeiro íman de dores de cabeça para a vizinhança. Os “episódios”, que começaram a surgir imediatamente após a saída dos militares, parecem não ter fim e apesar de o prédio já ter um novo proprietário, continua a carecer de uma nova vida.

Questionada pelo Porto Canal, a Câmara do Porto afirma ter conhecimento de um processo urbanístico, requerido pelo IHRU com o objetivo de promover habitação no local, que se encontra a seguir os trâmites legais desde abril do ano corrente.

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