Esquerda portuguesa salienta derrota da extrema-direita, Chega fala em “derrocada para a Europa”

Esquerda portuguesa salienta derrota da extrema-direita, Chega fala em “derrocada para a Europa”
Reuters
| Mundo
Porto Canal / Agências

PS, BE, PAN e Livre assinalaram este domingo que a extrema-direita saiu derrotada das eleições legislativas francesas, enquanto o Chega considerou que o resultado constitui uma “derrocada para a Europa”.

Numa publicação na rede social X (antigo Twitter), o secretário-geral do PS felicitou “a esquerda francesa e a sua unidade por este extraordinário resultado”.

“A Nova Frente Popular venceu as eleições em França. A extrema-direita foi claramente derrotada. 'A França merece melhor do que uma alternativa entre neoliberalismo e fascismo', como disse Olivier Faure, secretário-geral do @partisocialiste”, escreveu Pedro Nuno Santos.

O secretário-geral do PS defendeu que “unida, a esquerda venceu a extrema-direita nas urnas, agora terá de a vencer na governação e nas políticas públicas” e considerou que “a melhor barreira contra a extrema-direita está na defesa e aprofundamento do Estado Social”.

A coordenadora do BE, Mariana Mortágua, escreveu na mesma rede social que “a esquerda derrotou a extrema-direita”.

“O povo francês mostrou que a escolha não é entre o centrão neoliberal e a extrema-direita. A vitória da esquerda, liderada pela @FranceInsoumise, abre caminho a um projeto radicalmente social e ecologista. A esperança ganha força na Europa”, salientou a bloquista.

Por seu turno, o líder do Chega considerou que o resultado das eleições francesas constitui “uma verdadeira derrocada para a Europa”.

“Desastre para a economia, tragédia na imigração e mau no combate à corrupção”, acrescentou, também numa publicação na rede social X.

Na mesma rede social, a porta-voz do PAN considerou que “o povo francês derrotou a extrema-direita”, defendendo que “foi um dia bom para a democracia, que mostra que nunca se devem decretar vencedores antecipados e a vitória do progresso social e ambiental”.

Em comunicado, o Livre assinalou que “os eleitores franceses mobilizaram-se e afluíram em massa às urnas para evitar o primeiro governo de extrema-direita desde a Segunda Guerra Mundial”, mas referiu que este é, “de longe, o melhor resultado de sempre da extrema-direita em eleições legislativas em França”.

O Livre destacou que este é “o momento de agir e de pôr em prática as medidas sociais, ecologistas, progressistas que respondam aos anseios de todas e todos os que vivem em França”, considerando ser necessário “criar uma República social e ecologista que seja clara e indubitavelmente feminista, antirracista, ecologista e progressista”.

O partido salientou ainda que “este resultado mostra que a convergência de forças progressistas, ecologistas e de esquerda é a melhor forma de, em paralelo, combater a extrema-direita e criar uma alternativa de governação”.

Segundo as primeiras projeções divulgadas após o fecho das urnas, a aliança de esquerda venceu a segunda volta das eleições legislativas francesas, à frente da coligação do Presidente Emmanuel Macron e da extrema-direita, que aparecia como favorita nas sondagens.

Segundo as primeiras estimativas divulgadas, na segunda volta das eleições nenhum dos três blocos obtém a maioria.

Na primeira volta, em 30 de junho, a União Nacional (RN, sigla em francês), partido de extrema-direita de Marine Le Pen, conseguiu vencer pela primeira vez eleições legislativas, ao obter 33,1% dos votos e quase duplicar o seu apoio desde que a França elegeu a sua Assembleia Nacional pela última vez, em 2022.

Seguiu-se a aliança de esquerda Nova Frente Popular (que junta socialistas, ecologistas e comunistas e é liderada pela França Insubmissa (LFI, partido de esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon), com 28%.

O Ensemble (Juntos), agrupamento centrista e liberal encabeçado pelo Renascimento, partido do Presidente Emmanuel Macron, obteve 20%.

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