A mulher que foi filmada no Brasil a levar o tio morto, numa cadeira de rodas, a um banco para pedir um empréstimo de três mil euros decidiu quebrar o silêncio, cerca de dois meses depois do sucedido.

“Foi o meu tio que pediu o empréstimo. Ele andava e falava, tinha saúde, mas teve uma pneumonia e quando teve alta pediu-me que o levasse ao banco para prosseguir com empréstimo”, começa por explicar Érika Souza, em entrevista ao canal de televisão espanhol Telecinco.

De acordo com o testemunho da mulher de 42 anos, o tio de 68 anos aparentava estar bem antes de os dois entrarem no banco. “Creio que morreu dentro do banco, se soubesse que ele estava morto não o teria levado, nunca vi um morto a assinar nada”, assegura.

“Em momento algum dei conta de que o meu tio estava morto, não sou médica”, garante Érika, que está neste momento acusada de profanação de cadáver e fraude e a ser investigada por suspeitas de homicídio por negligência, de acordo com a SIC Notícias.

A suspeita chegou a estar duas semanas em prisão preventiva, tendo sido posteriormente libertada. Contudo, continua a ter de se apresentar periodicamente e não pode ausentar-se da comarca num período superior a sete dias até ao julgamento, avança o canal português.