Autoestradas do Douro Litoral quer estender concessão até 2038 para compensar anos da pandemia
Porto Canal
A Autoestradas do Douro Litoral (AEDL) planeia prolongar a concessão em três anos e meio, para compensar período pandémico e as perdas envolvidas. A extensão da concessão é vantajosa no processo de venda da empresa, com a Abertis, uma empresa espanhola, a mostrar interesse. A AEDL é concessionária das autoestradas A32, A41 e A43, na Área Metropolitana do Porto.
De acordo com a lei, a compensação financeira devido à pandemia só pode ser feita através de uma prorrogação do contrato, escreve o jornal ECO, que avança com a intenção de extensão do contrato por parte da empresa. A AEDL alega que as perdas sofridas justificam uma extensão de três anos e meio.
No entanto, a decisão final cabe ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e à Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP). Se o pedido for rejeitado, pode seguir para tribunal arbitral.
A concessão do Douro Litoral inclui as autoestradas A32, A41 e A43, na Área Metropolitana do Porto, com uma extensão total de 73,3 quilómetros. A Strategic Value Partners, empresa detentora da AEDL, está a procurar vender a concessão, com a espanhola Abertis a ser um dos principais interessados.
O processo de venda envolve bancos de investimento e outros operadores rodoviários, com o objetivo de concluir a operação durante o verão, com um valor que pode ultrapassar os 400 milhões de euros.
A concessão, inicialmente da Brisa, terminaria em 2034, mas foi adquirida pelos credores em 2021. Em janeiro deste ano, houve um acordo entre a AEDL e o Estado para a renegociação da concessão, substituindo a Brisa pela Ascendi na operação e manutenção das autoestradas.