Das oito cidades com famílias mais ricas, três são do Grande Porto
Porto Canal
Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Loulé são os municípios que concentram as famílias mais ricas do país, com rendimentos brutos a rondar os 430 mil euros por ano. A informação é avançada pela edição do Jornal de Negócios desta terça-feira, que tem em conta um estudo do GPEARI, o Gabinete de Estudos do Ministério das Finanças. Comparativamente com os dados de 2021, Matosinhos surge como uma das novidades deste top 8.
De acordo com o Negócios, estas famílias representam 0,1% da população, uma análise que não inclui a riqueza detida em património. Esta reduzida faixa da população declarou em 2021, em média, rendimentos brutos de aproximadamente 30,6 mil euros por mês, o que corresponde a 429,6 mil euros por ano e representa um aumento face às notas de liquidação apuradas no ano anterior. Em 2020, refere o estudo, os mais ricos auferiam em média 18,6 mil euros por mês, cerca de 399,9 mil euros por ano.
O relatório do Ministério das Finanças dá nota que em 2021 os 0,1% mais ricos do país passaram a estar concentrados em mais dois concelhos: Matosinhos e Loulé.
Lisboa lidera a lista, com 1.849 agregados que declaram rendimentos neste patamar, seguida do Porto com 485 agregados, Cascais (456), Oeiras (293), Sintra (173), Loulé (124), Vila Nova de Gaia (120) e Matosinhos (100).
Apesar dos rendimentos registados nestas cidades, o estudo alerta que estes agregados pagam, em média, 42,36% de IRS. Ora, para esta ordem de valores, a taxa marginal de IRS era, em 2021, de 48%, aos quais se somavam uma taxa de solidariedade de 2% nos rendimentos entre 80 mil e 250 mil euros, e de 5% acima deste valor. A redução da taxa efetivamente paga é explicada por deduções e outros mecanismos como o englobamento de rendimentos.