Lisboa, 14 ago (Lusa) -- A dívida do grupo BES e GES nas carteiras dos fundos de investimento mobiliário diminuiu em 26,4 milhões de euros no mês de julho, divulgou hoje a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O regulador dos mercados financeiros divulgou hoje "excecionalmente" as carteiras dos fundos de investimento mobiliário à data de 31 de julho, segundo a entidade liderada por Carlos Tavares para que os investidores possam ter acesso a informação atualizada.

Assim, segundo a CMVM, em julho, dos 241 fundos de investimento mobiliários portugueses, 170 não tinham exposição a ativos do Grupo BES e do GES, enquanto em 71 a exposição agregada a esses ativos era "de cerca de 204,8 milhões de euros", representando apenas 1,6% do total de ativos sob gestão nas carteiras dos organismos de investimento coletivo.

Desse valor, 180,6 milhões de euros eram dívida emitida pelo Grupo BES, 7 milhões de euros relativos a dívida emitida pelas empresas do Grupo GES Espírito Santo Financial Group (ESFG), Rioforte e ESFIL - Espírito Santo Financière, 1,2 milhões de euros de ações BES e 15,9 milhões de euros de ações da ES Saúde e do ESFG.

"No que respeita à exposição a dívida de ambos os grupos, regista-se assim um decréscimo de um montante de 214 milhões de euros a 30 de junho para 187,6 milhões de euros a 31 de julho, em resultado não só da desvalorização dos ativos como também de alienações desta dívida", segundo a CMVM.

De um modo mais desagregado, dos 70 fundos com exposição ao BES e GES, 40 tinham apenas ativos do grupo BES, com 161,1 milhões de euros em dívida e 631 mil euros em ações.

Já 11 fundos tinham ativos tanto do GES como do Grupo BES, sendo 602 mil euros em ações do BES, 19,4 milhões de euros em dívida do Grupo BES, 4,9 milhões de euros em ações da Espírito Santo Saúde e Espírito Santo Financial Group (ESFG) e 990 mil euros em dívida da ESFG, Rio Forte e ESFIL - Esfil - Espírito Santo Financière.

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