“Veio para ficar”. Restaurantes já não abrem mão das aplicações de entregas
Maria Abrantes
Os confinamentos, durante a pandemia de covid-19, vieram mudar os hábitos dos portugueses, no que respeita aos pedidos de entregas em casa. Os estafetas passaram a ter um papel muito diferente no dia-a-dia, não só dos consumidores, como dos próprios estabelecimentos parceiros. Uma tendência que, ao contrário do que se esperava, cresceu e parece estar a criar raízes.
O Porto Canal visitou alguns restaurantes da cidade do Porto e a opinião é unânime: o uso destas aplicações é, sem dúvida, um complemento de negócio, praticamente sem custos adicionais.
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Parceiros das várias aplicações, desde que apareceram ou desde a altura da pandemia, já lá vão, pelo menos, quatro anos de experiência e de análise de negócio, o que permite a estes proprietários dizer que tem sido muito vantajoso.
“É mais um complemento de vendas que o nosso restaurante pode ter, praticamente com o mesmo pessoal”, diz-nos Artur Ribeiro, proprietário do restaurante Lado B, cuja experiência tem sido positiva, embora confesse que, em algumas situações, tenha de colocar as aplicações em “stand by” para dar prioridade ao serviço de sala que, apesar de tudo, continua a ter maior expressão no negócio.
Aliás, como em todos os casos. De qualquer forma, “o impacto é significativo”, diz Avelino Sousa, sócio da Marisqueira do Porto, para quem o uso destas aplicações “é uma vantagem”, com um aumento na ordem dos 25%.
Cesário Filho, da República dos Cachorros, comenta com o Porto Canal que uso das aplicações, durante a pandemia, teve um impacto “bem grande. As pessoas habituaram-se à comodidade de estar em casa e, neste momento cresceu bastante o uso de aplicações”.
“Depois da pandemia, eu tinha ideia que isto ia baixar. Não! Temos alturas até em que é melhor do que durante a pandemia”, acrescenta Avelino Sousa, para que se torna claro que “foi uma coisa que veio para ficar”.