Gaia recusa indemnização da Metro do Porto em parcela onde nascerá a futura estação das Devesas
João Nogueira
A Câmara de Gaia não aceitou a proposta de indemnização da Metro do Porto para a expropriação de uma das parcelas do município em função das obras da nova Linha Rubi. Na base da decisão daquele executivo está a redução de mais de 70 mil euros que a autarquia iria receber.
Apesar da área a expropriar ter aumentado, o valor da indemnização reduziu de 193 mil euros para 120 mil euros, sendo que os serviços daquele município não encontraram alterações que justificassem a desvalorização da parcela.
A decisão foi discutida na reunião de Executivo desta segunda-feira e a recusa foi aprovada por unanimidade dos partidos.
A parcela em questão ladeia com a Estação de comboio das Devesas, junto à Avenida Manoel de Oliveira, na União de Freguesias de Santa Marinha e São Pedro Afurada. O terreno não tem edificações e, de acordo com o PDM, o espaço é classificado com Áreas Verdes de Utilidade Pública.
Para aquela zona, o traçado da Linha Rubi do metro prevê uma nova estação das Devesas e que será interligada com as linhas ferroviárias. Um novo interface com a Linha do Norte da Comboios de Portugal.
Com a não aceitação da indemnização por parte da Câmara de Gaia, o processo segue agora para arbitragem. Ainda assim, fonte da autarquia revelou que a presidência acredita que se chegará a um entendimento.
Contactada pelo Porto Canal, a Metro do Porto optou por não comentar.
O traçado vai percorrer 6,4 quilómetros entre Porto e Gaia, ao longo de oito estações. No Porto, nascem duas: Campo Alegre e Casa da Música. Do lado de Vila Nova de Gaia irão aparecer mais seis: Santo Ovídio, Soares dos Reis, Devesas, Rotunda, Candal e Arrábida.