Baixas de 18 agentes da PSP de Coimbra alvo de inquéritos
Porto Canal / Agências
O Comando da PSP de Coimbra anunciou esta quinta-feira a abertura de inquéritos para apurar as baixas médicas de 18 agentes, que foram chamados a participar na segurança do jogo entre União de Leiria e Sporting, na quarta-feira.
A PSP de Coimbra “determinou a abertura de inquéritos para apurar as baixas médicas por parte de 18 polícias da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial da Divisão Policial de Coimbra”, afirmou esta quinta-feira o Comando Distrital, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
A mesma nota explica que, no âmbito do planeamento operacional para a segurança do jogo da Taça de Portugal entre o União de Leiria e o Sporting, que se realizou na quarta-feira, “estava prevista a participação de duas equipas de Intervenção Rápida de Coimbra, como habitualmente sucede aquando da realização de grandes eventos”.
No entanto, “o efetivo de ambas as equipas, previamente nomeadas, comunicou estar impossibilitado por motivos de saúde”, referiu.
O Comando Distrital da PSP de Coimbra encetou ainda “diligências para mobilizar uma outra equipa em tempo útil, o que se veio a revelar também inviável”.
No âmbito do jogo para a Taça de Portugal, o comandante distrital da PSP de Leiria tinha decretado “uma excecional mobilização de meios humanos”, recusando dispensas e admitindo recrutamento de agentes de folga.
Segundo a ordem de serviço do comandante, a que a Lusa teve acesso, o responsável justificava estas medidas com as “responsabilidades acrescidas no âmbito das suas competências funcionais, a que deverá corresponder com eficácia e profissionalismo”.
Nos últimos dias, vários polícias da PSP e militares da GNR apresentaram baixas, o que levou no sábado ao cancelamento do jogo de futebol da I Liga entre o Famalicão e o Sporting, bem como no domingo a outras partidas da II Liga.
Elementos da PSP e da GNR têm protagonizado vários protestos para exigirem um suplemento idêntico ao atribuído à Polícia Judiciária.
A contestação teve início com a vigília do agente Pedro Costa em frente à Assembleia da República, em Lisboa, a partir de 7 de janeiro e, depois, estendeu-se a todo o país.