Noite de consagração de artistas femininas nos Grammy
Porto Canal / Agências
A 66.ª edição dos prémios Grammy foi uma noite de consagração de artistas femininas, com Taylor Swift, Billie Eilish e Miley Cyrus a vencerem as estatuetas mais cobiçadas da indústria.
Taylor Swift venceu Álbum do Ano e Melhor Álbum Pop Vocal, com “Midnights”, enquanto Miley Cyrus levou para casa os Grammy de Gravação do Ano e Melhor Performance Pop a Solo com “Flowers”.
Billie Eilish conquistou o importante prémio de Canção do Ano com “What Was I Made For?”, escrita para a banda sonora do filme “Barbie”. O tema também recebeu o Grammy de Melhor Canção para Meio Visual e “Barbie” foi distinguido com o prémio de Melhor compilação para meios visuais.
A portuguesa Maria Mendes, que estava nomeada na categoria "Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais” com a canção “Com que Voz”, não venceu o Grammy. A estatueta foi entregue a “In the Wee Small Hours of the Morning”.
Já SZA, que chegou a esta cerimónia na Crypto.com como a artista mais nomeada, recebeu um total de três estatuetas – Melhor Álbum R&B Progressivo com “SOS”, Melhor Performance de Duo ou Grupo Pop com “Ghost in the Machine” e Melhor Canção R&B com “Snooze”.
“Isto é muito icónico” disse Miley Cyrus, ao aceitar o primeiro Grammy da noite, entregue por Mariah Carey. A vencedora revelou que quase não conseguiu chegar ao local da cerimónia devido à chuva torrencial que se abateu sobre Los Angeles.
Cyrus contou uma história sobre um menino que queria uma borboleta e só a conseguiu quando desistiu de a procurar. “Esta canção “Flowers’ é a minha borboleta”, afirmou.
Mais tarde, ao receber o segundo Grammy pela mesma canção, Miley Cyrus teve uma mensagem diferente, dizendo esperar que o prémio “não mude nada” porque a sua vida “já era bela ontem”.
Billie Eilish, que aceitou dois Grammy por “What Was I Made For” e interpretou a canção em palco, mostrou-se surpreendida pela vitória por causa do que considerou ser a tremenda qualidade dos outros nomeados.
“Estou em choque”, disse, agradecendo aos membros da Academia que votaram nela, ao irmão Finneas com quem escreveu a música e à realizadora Greta Gerwig, “por fazer o melhor filme do ano”.
Finneas acrescentou que a dupla de irmãos é “sortuda” e que continuam a ser privilegiados por fazerem o que fazem.
A noite também foi de sorte para Victoria Monét, considerada a Melhor Nova Artista e com o Melhor Álbum R&B, “Jaguar II”.
“A toda a gente que tem um sonho, quero que vejam isto como um exemplo. Este prémio foi um trabalho de 15 anos”, disse Monét em palco. A artista comparou-se a uma planta cujas raízes cresceram de forma invisível durante anos. “Sinto que hoje estou a germinar”.
A 66.ª cerimónia dos prémios da Academia de Artes e Ciências de Gravação decorreu esta madrugada em Los Angeles e teve apresentação do comediante Trevor Noah.
Lista de principais premiados:
Álbum do ano: “Midnights”, Taylor Swift
Gravação do ano: “Flowers”, Miley Cyrus
Canção do ano: “What Was I Made For”, Billie Eilish e Finneas O’Connell
Melhor performance pop a solo: “Flowers”, Miley Cyrus
Melhor performance pop em dueto ou grupo: “Ghost in the Machine,” SZA com Phoebe Bridgers
Melhor álbum de dança/eletrónica: “Actual Life 3 (January 1 - September 9 2022)”, Fred again..
Melhor gravação de dança/eletrónica: “Rumble,” Skrillex, Fred again.. e Flowdan
Melhor álbum pop vocal: “Midnights", Taylor Swift
Melhor álbum pop tradicional: “Bewitched,” Laufey
Revelação do ano: Victoria Monét
Melhor álbum rock: “This Is Why,” Paramore
Melhor canção rock: “Not Strong Enough,”, boygenius
Melhor álbum de música alternativa: “The Record”, boygenius
Melhor álbum R&B: “Jaguar II”, Victoria Monét
Melhor canção R&B: “Snooze”, SZA
Melhor álbum música urbana: “Mañana Será Bonito,” Karol G
Melhor álbum rock ou alternativa latino: ““Vida Cotidiana,” Juanes e “De Todas Las Flores,” Natalia Lafourcade (empate)
Melhor álbum pop latino: “X Mí (Vol. 1),” Gaby Moreno
Melhor álbum rap: “Michael,” Killer Mike
Melhor álbum country: “Bell Bottom Country,” Lainey Wilson
Melhor álbum jazz vocal: “How Love Begins,” Nicole Zuraitis
Melhor compilação de banda sonora para meios visuais: “Barbie”
Produtor do ano, não clássico: Jack Antonoff
Melhor vídeo de música: “I’m Only Sleeping” - The Beatles