Venezuela desaconselha viagens para Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria devido ao Ébola
Porto Canal / Agências
Caracas, 12 ago (Lusa) -- As autoridades venezuelanas anunciaram hoje que foi ativado um "plano de contingência e ações" para responder a um eventual surto do vírus Ébola.
As ações passam por recomendações preventivas aos cidadãos, desaconselhando-os a viajar para a Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
"O plano de contingência e as ações que o Governo Bolivariano vem tomando incorporam recomendações da Organização Pan-americana da Saúde e da Organização Mundial da Saúde", explicou o porta-voz do Ministério da Saúde, Francisco Larrea.
Segundo o responsável, a Venezuela está focada em fazer chegar a informação necessária ao público em geral, principalmente os viajantes, e na formação de pessoal de saúde para diagnosticar e tratar de eventuais casos que surjam no país.
Para tal estão a ser preparadas salas de isolamento no hospital e estão a ser reforçados os mecanismos de vigilância e reconhecimento de casos suspeitos nos portos e aeroportos do país, apesar de, atualmente, o risco de que o vírus chegar à Venezuela ser "muito baixo".
"Não há que criar alarme, mas há que estar consciente de que o risco existe e há que prestar atenção às medidas de proteção", disse.
Entretanto o Ministério da Saúde da Venezuela emitiu uma série de recomendações, que passam por "evitar as viagens não essenciais à Guiné-Conacri, Libéria, Serra Leoa e Nigéria".
"Se por qualquer motivo não poderem atrasar a viagem, as recomendações são evitar o contato com pessoas que possam estar doentes, evitar o contato com fluídos corporais, com animais mortos ou selvagens e prestar atenção à higiene das mãos", referiu.
Segundo aquele organismo, em caso "de suspeita de ter estado em contato com uma pessoa doente, deve submeter-se a observação médica durante 21 dias, o período máximo de incubação da doença".
O Ministério da Saúde venezuelano aconselhou ainda a ir "imediatamente ao médico" e a informar sobre a viagem, no caso da apresentação de sintomas, que incluem febre, diarreia e vómitos.
Até à semana passada, morreram mais de 960 pessoas em quase 1800 casos confirmados, prováveis ou suspeitos, a maioria dos quais na Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria.
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