Linha Rubi com novas estações para resolver velhos problemas

Linha Rubi com novas estações para resolver velhos problemas
| Porto
Porto Canal

A construção da Linha Rubi, entre Porto e Vila Nova de Gaia, traz oito novas estações de metro. Três delas serão à superfície: Arrábida, Candal e Rotunda. Nestes pontos, o desenho da Metro do Porto vai mais além e difere dos modelos até agora adotados em toda a rede. Um abrigo alargado e capaz de proteger mais utilizadores será do agrado de muitos passageiros que tecem críticas à dimensão das atuais coberturas.

Incluindo as novas linhas Rosa, Rubi e a extensão da Amarela, contam-se 87 estações da rede de metro. Deste número, existem três tipologias de estações com diferentes abrigos: as subterrâneas (16 no total), as de cobertura integrada (mais nove) e as que são à superfície (as restantes 62).

Neste último caso, as estruturas são compostas pelos abrigos 'standard' da empresa, 70% de toda a rede. Falamos de estações com um cais de 70 metros e um abrigo com uma largura de 10 metros.

Mas a nova linha Rubi, cujo traçado prevê três estações à superfície - Arrábida, do Candal e da Rotunda -, poderá trazer soluções para velhos problemas. Na estrutura que vai ser construída no Candal, na via Engenheiro Edgar Cardoso (VL8), o desenho da Metro do Porto sugere algumas mudanças. O cais continua a manter os 70 metros habituais, mas a cobertura do abrigo será alargada para 20 metros.

"Parece-me bem. Mas às vezes é tudo muito bonito por fora e depois por dentro não trabalha nada em condições". Quem o diz é Patrícia Loureiro, uma das passageiras dos carris. As futuras paragens de metro agradam-lhe e as críticas ao funcionamento do metro são poucas. Mas é preciso ir além da estética, sublinha a passageira, para evitar os transtornos que marcam a circulação dos autocarros da Unir. "O metro funciona perfeitamente. (...) Mas as camionetas que agora passam em Gondomar, aquilo é um descalabre", referiu Patrícia. 

Os abrigos da rede têm coleccionado críticas por parte dos utilizadores ao longo dos anos, queixas que sobem de tom em alturas de condições meteorológicas adversas, com os passageiros a considerarem que não possuem as dimensões adequadas para a proteção da chuva e vento.

É esse um dos pontos realçados por Alexandre Raposo. "Aparentemente é uma paragem que tem o mesmo defeito das restantes, que é facto de não gerar muita proteção ao tempo, ao clima. E nós não somos propriamente uma região onde não chova. E portanto, não me parece que seja muito bem avisado este modelo", disse o utilizador da rede.

O jovem João Rodrigues reconhece que "o design (dos novos abrigos) é diferente do que estamos habituados a ver" e são mais "arrojados". Mas partilha a preocupação de as coberturas de algumas das estações, embora maiores, ainda não o são suficiente: "Não parece ter tanto espaço, a verdade é essa. Quanto mais espaço coberto, melhor. E esta aqui não parece ter tanta área a abrigar da chuva", disse o jovem, referindo-se a uma das novas estações da Linha Rubi. "Ninguém gosta de estar à espera do metro a levar com a chuva", continuou João Rodrigues.

O Porto Canal tentou apurar junto da Metro do Porto se este será um modelo a adotar em futuras expansões da rede, mas a empresa optou por não responder.

 
 
 
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