Presidente do Turismo Porto e Norte vê com “bastante naturalidade” saída de Moreira para a EDP

| Porto
Porto Canal

Luís Pedro Martins, presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, considera “perfeitamente legítima” uma possível saída de Rui Moreira, antes do final do mandato da Câmara do Porto para aceitar um alto cargo na EDP, como avançado esta segunda-feira pelo Porto Canal.

O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, João Talone, vai abandonar a presidência do Conselho Geral e de Supervisão da elétrica e já manifestou indisponibilidade para integrar os órgãos da empresa num novo mandato, sendo que o sucessor poderá estar à frente dos destinos da autarquia da Invicta, um cenário visto com bons olhos por Luís Pedro Martins.

“É perfeitamente legítimo, há um círculo autárquico que está a chegar ao seu final em 2025. É sabido que o Dr. Rui Moreira não poderá ser recandidato por uma limitação de mandatos, por isso é normal querer abraçar outros desafios. Em Portugal temos tendência de aproveitar muito pouco os ativos políticos. É algo que é feito noutras latitudes com bastante frequência”, frisou o representante, em entrevista exclusiva ao Porto Canal.

Luís Pedro Martins dá o exemplo do Reino Unido em que o ex-primeiro-ministro, David Cameron, ingressou novamente na vida pública, neste caso como ministro dos Negócios Estrangeiros. “Não falei com Rui Moreira, mas a ser verdade reajo com naturalidade”, reforça o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal.

O adeus de João Talone da EDP poderá assim precipitar a saída antecipada de Rui Moreira, ficando a Câmara do Porto entregue a Filipe Araújo, atual vice-presidente da autarquia, líder da associação “Porto, o Nosso Movimento” e número dois das listas independentes eleitas em 2021.

Apontado como candidato provável do movimento às autárquicas de 2025, Araújo poderá ter mais de um ano no cargo para consolidar a posição e convencer os portuenses de que é a escolha certa.

“Tudo dependerá do desempenho que o próprio tiver no tempo que falta e também da sua vontade para depois ser candidato, mas claro que ter a oportunidade de poder exercer algum tempo como presidente, claro que é uma vantagem acrescida”, salienta Luís Pedro Martins, esperando a continuidade de uma boa relação com o município do Porto.

“Nós mantemos boa relação com todos os autarcas. O quadro regional é composto por 86 autarquias e nós estamos sempre disponíveis para continuar o trabalho que temos vindo a fazer e que tem sido um trabalho bastante positivo com o Município do Porto também”, remata.

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