Marcelo Rebelo de Sousa apela à participação dos portugueses nos atos eleitorais
Porto Canal/Agências
O Presidente da República considera que 2024 será um ano ainda mais decisivo do que 2023 e apelou à participação dos portugueses nos atos eleitorais, salientando que o país será aquilo que os votantes quiserem.
Estas posições foram transmitidas por Marcelo Rebelo de Sousa na sua tradicional mensagem de Ano Novo, numa conjuntura de crise política, com o Governo em gestão e eleições legislativas antecipadas marcadas para 10 de março.
“Ficou claro que, depois da legítima decisão pessoal de cessar funções de quem foi o segundo mais longo chefe do Governo em democracia e o mais longo neste século, deveríamos estar todos atentos e motivados para as eleições de março, para percebemos como vai ser o tempo imediato em Portugal, na avaliação como na escolha”, declarou o Presidente da República.
“2024 irá ser largamente aquilo que os votantes, em democracia, quiserem. Em Portugal, em março; na Europa, em junho; na maior potência do mundo, em novembro; e antes disso, em fevereiro, nos Açores. Um ano, afinal, ainda mais decisivo do que o ano de 2023”, advertiu o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que todos desejam que este ano possa ser diferente de 2020 e 2021, com a pandemia, de 2022 e 2023 com as guerras”. “Ou seja, possa ser finalmente de maior esperança no mundo, de maior esperança na Europa, e também por isso de maior esperança entre nós”, completou.
“Há meio século, com censura e sem liberdade de organização e ação política, não era possível votar-se livremente, e os que podiam votar eram apenas dois milhões em cerca de dez. E os votados todos de um só partido, que se chamava associação política”, apontou, antes de apelar ao voto nas eleições regionais dos Açores, nas legislativas e nas europeias.
O chefe de Estado afirmou saber que “o voto não é tudo", mas realçou que "sem voto não há liberdade nem democracia”.