Jornalista detido em Taiwan por falsificar sondagens eleitorais para a China

Jornalista detido em Taiwan por falsificar sondagens eleitorais para a China
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Porto Canal / Agências

Um jornalista de um meio de comunicação online foi detido em Taiwan por alegadamente ter falsificado, sob instruções da China continental, sondagens de opinião sobre as presidenciais, marcadas para janeiro, informou o Ministério da Justiça taiwanês.

O detido, de sobrenome Lin, foi acusado de falsificar os resultados em colaboração com um suposto especialista em sondagens, identificado como Su, avançou na sexta-feira à noite a agência de notícias taiwanesa CNA.

De acordo com a investigação das autoridades da ilha, Su não realizou qualquer entrevista para as sondagens, mas alegou ter falado com mil pessoas no norte, centro e sul de Taiwan.

Os resultados falsos das sondagens, que indicavam o apoio a diferentes candidatos presidenciais, foram divulgados em meios de comunicações online, incluindo o Finger Media, o portal onde Lin trabalha.

A mais recente destas sondagens suspeitas, publicada pelo Finger Media na quarta-feira, apontava como favorito, com 33,05% das intenções de voto, Hou Yu-ih, o candidato do principal partido da oposição, o Kuomintang (KMT), mais próximo de Pequim.

Já William Lai Ching-te, o atual vice-primeiro-ministro e candidato do Partido Democrático Popular (PDP), aparecia em segundo, com 32,19%, à frente do presidente do Partido Popular de Taiwan (TPP), Ko Wen-je, com 18,38%.

As sondagens "induziram os eleitores em erro e fazem parte da tentativa da China de interferir nas eleições presidenciais de Taiwan", afirmou o Ministério Público, num comunicado de imprensa.

"A manipulação das sondagens é considerada uma ameaça à soberania, à liberdade, à democracia e à ordem constitucional de Taiwan", acrescentou o Ministério Público.

Um tribunal decretou a prisão preventiva de Lin devido à gravidade das acusações e ao risco de fuga. Su foi libertado, mas o Ministério Público já disse que tenciona recorrer da decisão.

A 13 de janeiro, realizam-se eleições presidenciais em Taiwan, cujo resultado determinará o rumo da política da ilha em relação à China, num momento de tensões crescentes entre Taipé e Pequim.

O KMT e o TPP tinham anunciado a formação de uma coligação eleitoral em meados de novembro, mas dez dias depois romperam o pacto quando não chegaram a acordo sobre o candidato a presidente.

Os dois mandatos da atual presidente, Tsai Ing-wen, que não poderá candidatar-se a um terceiro mandato, foram marcados por tensões acrescidas com a China, especialmente desde o verão passado, por causa da visita a Taipé da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi.

Além disso, durante este período, Taiwan perdeu nove dos poucos aliados diplomáticos que lhe restavam, incluindo o Panamá, El Salvador, a República Dominicana, a Nicarágua e as Honduras.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

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