ONG queixa-se ao Tribunal Penal Internacional por morte de jornalistas em Gaza
Porto Canal/ Agências
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) apresentou um segundo caso ao Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de guerra cometidos contra jornalistas palestinianos em Gaza desde 07 de outubro.
A organização sediada em Paris apresentou o caso devido à morte de mais sete jornalistas palestinianos nas oito semanas que terminaram a 15 de dezembro, provavelmente devido à ação das forças israelitas, refere em comunicado.
"A RSF tem motivos razoáveis para acreditar que os jornalistas citados neste processo foram vítimas de ataques que constituem crimes de guerra", uma vez que podem ter sido "deliberadamente visados" pela sua profissão, afirmou a organização.
A RSF também instou o procurador do TPI, sediado em Haia, a investigar as mortes dos jornalistas palestinianos - já foram contabilizadas 66 mortes -, alegadamente causadas pelas forças israelitas.
A primeira queixa da organização ao TPI foi apresentada no dia 31 de outubro e referia sete outros jornalistas mortos pela ação militar israelita no início do conflito.
"Tendo em conta o massacre de jornalistas em Gaza e o facto de estes parecerem ser visados, apelamos ao procurador do TPI, Karim Khan, para que deixe claro que está a dar prioridade aos crimes cometidos contra jornalistas em Gaza e para que tome medidas contra os responsáveis", disse o secretário-geral da RSF, Christophe Deloire.