Tribunal de Contas dá luz verde à futura linha Rubi. Obras avançam em janeiro
Ana Francisca Gomes
O Tribunal de Contas validou, esta quarta-feira, o projeto da nova linha Rubi, que ligará Santo Ovídio, em Gaia, à Casa da Música. Com a luz verde desta entidade, a Metro do Porto deverá conseguir cumprir a meta estabelecida pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Com um valor global superior a 450 milhões de euros, esta nova linha - que vai fazer nascer uma nova ponte sobre o Douro - é o maior projeto de sempre de uma infraestrutura na cidade do Porto.
O visto do Tribunal de Contas era o que faltava para que a Metro do Porto pudesse avançar com a empreitada, cujo início tinha sido apontado para entre o final de 2023 e janeiro de 2024. Para a consignação da obra, falta agora apenas que o consórcio deposite no Tribunal de Contas os emolumentos referentes ao projeto.
O contrato para a construção da Linha Rubi do Metro do Porto foi assinado com o consórcio Alberto Couto Alves (ACA), FCC Construcción e Contratas y Ventas a 3 de novembro por mais de 379,5 milhões de euros.
A cerimónia de consignação deverá ocorrer já na próxima semana e o arranque das obras em janeiro.
Futuros constrangimentos
A empreitada da nova linha Rubi deverá causar fortes constrangimentos no Campo Alegre, um dos principais acessos ao centro da cidade do Porto, como noticiou o Porto Canal. Em causa está a construção da nova ponte e de uma estação subterrânea.
O desaparecimento de três parques de estacionamento, utilizados, sobretudo, por alunos e professores do pólo III da Universidade do Porto, composto pelas faculdades de Arquitetura, Ciências e Letras está a gerar preocupação.
Fonte da reitoria avançou que a Faculdade de Arquitetura será a mais afetada pelas obras. O desaparecimento do parque privativo da instituição, do outro lado da Via Panorâmica, que servirá de estaleiro da obra, deixará toda a comunidade académica sem alternativa para estacionar viaturas privadas.
“A Metro do Porto tem mantido reuniões regulares com a Universidade do Porto para desenvolver o plano de obra, o que implica concessões de parte a parte para diminuir os constrangimentos que vão ser causados", informou a Reitoria ao Porto Canal, que explicou que há terrenos da U.Porto que serão ocupados pela nova linha.