Futuro para a Farfetch? Interesse de sul-coreana, saída de bolsa e administração de saída
Porto Canal
A empresa sul-coreana Coupang quer comprar a Farfetch e prevê injetar 500 milhões de dólares (cerca de 458 milhões de euros à taxa de câmbio atual), segundo um comunicado.
A administração demitiu-se, com exceção de José Neves, noticia o jornal Eco após o anúncio da entrada da empresa sul-coreana, juntamente com um conjunto de fundos associados ao Greenoaks.
A administração da Farfetch será constituída apenas por José Neves, sendo que “a demissão dos diretores independentes não resulta de qualquer desacordo com a Farfetch Limited ou com as suas operações, políticas ou prática”, refere a empresa em comunicado.
Além das alterações na administração, a empresa vai deixar de ser cotada em bolsa, medida que decorre desta entrada de capital.
A Farfetch aponta ainda que o banco JPMorgan Chase & Co. vai estar a cargo do processo de comercialização de todos os ativos da empresa, revela o jornal. Sendo que caso nºao haja uma oferta concorrente “a parceria entre a Coupang e a Greenoaks assumirá o controlo da Farfetch”. É esperado que o processo seja rápido para facilitar a venda dos ativos de uma empresa insolvente.
A plataforma de venda de marcas de luxo fundada em 2008 por José Neves - com sede fiscal em Londres e que foi o primeiro 'unicórnio' português (‘startup’ avaliada em mais de mil milhões de euros) tem vindo a apresentar prejuízos e recentemente a sofrer grandes perdas em bolsa, após dois anos de lucro em 2021 e 2022, a beneficiar do ‘boom’ do comércio ‘online’.