Porto ganha novo “pulmão” em agosto de 2024

Porto ganha novo “pulmão” em agosto de 2024
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Porto Canal

As obras do futuro pulmão verde da cidade do Porto já arrancaram e espera-se que estejam concluídas em agosto do próximo ano.

A construção do Parque Urbano da Lapa confere 17 hectares de área verde ao centro da cidade do Porto. Existem dois braços de uma ribeira subterrânea – a Ribeira de Vilar – que passa encanada pela Rua de Cervantes. O novo projeto urbanístico vai puxá-la para a superfície, permitindo ao espaço verde servir de esponja durante o inverno, evitando inundações e servindo de barragem de proteção para as zonas ribeirinhas da cidade. Durante os períodos de chuva mais prolongada, é provável que apareça um espelho de água na Lapa, à semelhança de um lago. Além da plantação de várias espécies de árvores, o parque vai ter um “percurso lúdico” e um “percurso pedonal”.

Esta segunda-feira, dia 11 de dezembro, o autarca da cidade do Porto, Rui Moreira assinalou o lançamento da empreitada com a colocação da primeira pedra do parque que irá ocupar os terrenos junto à linha do metro que foram adquiridos pela Mercan Properties, no âmbito de um acordo estabelecido entre a Câmara Municipal do Porto e o grupo canadiano. Segundo o autarca, este é “o último parque urbano” que é possível construir no centro da cidade.

 
 
 
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Uma parceria “virtuosa” entre público e privado

O Parque Urbano da Lapa está a ser construído pelo grupo Mercan, num acordo com a Câmara do Porto que envolve o novo Hotel Renaissance na Lapa, marca do conglomerado de luxo Marriott, inaugurado a 17 de abril deste ano.

Os terrenos da Lapa foram objeto de um estudo urbanístico em 2019, que definiu a área do futuro parque e a obrigação do espaço público. Em troca de desconto em taxas municipais, o grupo hoteleiro ficou responsável por fazer a obra verde e ainda por reabilitar e expandir os arruamentos das vizinhas Rua de Cervantes e Alves Redol.

“Ou pagavam taxas ou fazia obras”, explica o vereador do Urbanismo e Espaços Públicos, Pedro Baganha. “Foi o alinhamento dos interesses públicos aos interesses privados. A Câmara do Porto definiu quanto, aonde e o quê. E o promotor privado concordou e fez o parque. Desta forma conseguimos acelerar o processo, senão estaríamos dois anos à espera de concursos, outros tantos à espera de empreiteiro”.

O Renaissance Porto Lapa Hotel

O mais recente hotel de quatro estrelas da Lapa também está a ser construído por fases. O primeiro edifício, na Rua de Cervantes, já está em funcionamento. Tem 163 quartos, quatro suites, uma piscina no último piso, ginásio e um espaço de conferências para 600 pessoas. A segunda fase de construção, que envolve um segundo edifício ligado por pontes, arranca em paralelo com as obras do parque urbano. No total, o grupo Mercan vai investir na Lapa 90,5 milhões de euros.

“Nós compramos os terrenos todos e depois cedemos três mil metros quadrados para arruamentos e mais 14.500 para o parque público”, descreve Miguel Gomes, o diretor da Mercan responsável por construção e desenvolvimento. “O acordo que fizemos com a Câmara do Porto era interessante para eles e para nós. O projeto urbanístico do parque já estava feito, nós simplesmente é que o estamos a executar”.

O terreno da Lapa por trás da estação de metro era um “segredo” na cidade, detalha Miguel Gomes. “Umas traseiras mesmo”, reforça Pedro Baganha. “Estamos aqui a coser várias ruas e vários terrenos sem ligação. Estamos a fazer a cidade”.

Está a ser construída também uma ligação direta entre o Parque Urbano e a estação de metro da Lapa. Atualmente, a entrada norte compreende apenas uma estrada de terra batida.

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