As 52 casas inacabadas em Valongo junto à A4 já têm fim à vista

As 52 casas inacabadas em Valongo junto à A4 já têm fim à vista
André Arantes | Porto Canal
| Porto
Catarina Cunha

Já é caso para dizer, “quem espera, sempre alcança”. As 52 moradias em construção na freguesia de Campo, em Valongo, com vista para a autoestrada A4 estão a ser concluídas, mais de 20 anos depois de ter sido colocada a primeira pedra.

Em entrevista ao Porto Canal, o Vereador da Câmara Municipal de Valongo lembra que o complexo habitacional em causa é “o maior cancro urbanístico” do concelho.

Paulo Esteves Ferreira frisa que a falta de comprador e a “massa insolvente” em que o conjunto de casas estava envolvido, levando o processo a arrastar-se em Tribunal, foram as grandes razões para a demora no arranque da obra.

“Isto é um processo que tem 24 anos, e nesse tempo muitas coisas mudaram em termos de regulamento. E adaptar este projeto à data de hoje implica voltar a falar com todas as entidades envolvidas. Neste momento, está tudo sanado e estamos na fase de licenciamento”, justifica o autarca.

O contrato de urbanização entre a Câmara Municipal de Valongo e a empresa investidora, Archee Madeira-Construções, foi celebrado em abril de 2021, mas só há alguns meses é que as máquinas começaram a trabalhar.

O foco de trabalho neste momento prende-se com a zona exterior. “Começamos por fazer tudo o que são infraestruturas de loteamento, como por exemplo as ruas e os passeios”, esclarece o investidor. Dentro de “dois a três meses, quatro, no máximo”, as obras de urbanização estarão finalizadas, acrescenta o arquiteto do projeto Rui Reis.

O comprador revela também que além das 52 moradias de tipologia T3 e T4 irão construir, “um edifício multifamiliar com 42 apartamentos”, que será edificado no miolo central deste conjunto habitacional. Prevê-se que ambos os projetos estejam terminados entre três a cinco anos, mas “tudo depende da quantidade de mão de obra”, explica António Cunha.

Porto Canal

Foto: André Arantes

Após uma análise técnica, conclui-se que “as casas, todas elas feitas em betão armado, estão em boas condições”, apesar de estarem abandonadas há mais de 20 anos, “De estrutura estão excelentes, mas de interior será tudo novo”, ressalva o investidor.

O investimento inicial do projeto superava os 600 mil euros, mas atualmente já ronda os 900 mil.

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

 

Uma obra para dar vida a Campo

“Colocar as mãos à obra” neste complexo habitacional é positivo para a freguesia de Campo, destaca o Vereador.

De acordo com Paulo Esteves Ferreira, a urbanização “vai dar outro aspeto e vida” à região e ao mesmo tempo responder a uma necessidade inexistente no Município de Valongo, a habitação. “Há muita procura, mas não há oferta, portanto não tenho dúvidas que as habitações vão ser rapidamente vendidas, ou alugadas, depende daquilo que o vendedor queira fazer”, remata.

António Cunha refere ainda que a curiosidade dos Valonguenses tem estado aguçada, uma vez que tem existido “bastante interesse pelas habitações”. O investidor espera que a procura aumente quando começarem as vistas ao andar-modelo, que está previsto estar pronto entre julho e agosto.

Notícia editada por Francisco Graça

 

+ notícias: Porto

No 25 de Abril de 74 os portuenses “apoderaram-se” de uma cidade que lhes era negada

De documentos aos livros de história, a revolução dos cravos segue o mesmo enredo, as mesmas personagens, os mesmos acontecimentos. Mas o marco que foi o 25 de abril também se sentiu a Norte, nomeadamente no Porto onde as personagens são outras e recordam uma cidade que lhes foi devolvida ao fim de 48 anos de ditadura. São as histórias de quem viu, quem sentiu e resistiu na revolução dos cravos a partir da invicta.

As comemorações do 25 de abril de 1974 no Porto. Confira os horários e locais

O centro da cidade do Porto vai comemorar os 50 anos do 25 de Abril de 1974.

O 25 de Abril de 1974 também se fez no Porto

O 25 de abril de 1974 começou, para a grande maioria dos portuenses, como um dia normal. Mas rapidamente se percebeu que de normal teria pouco. À medida que as notícias começavam a chegar da Revolução que se fazia na capital, o Porto saiu à rua.