Vice da Área Metropolitana do Porto culpa Eduardo Vítor Rodrigues por problemas nos transportes

Porto Canal / Agências
O presidente da distrital do PSD/Porto afirmou esta terça-feira que o “único responsável” pelo “mau arranque” da nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP) é o seu presidente, Eduardo Vítor Rodrigues.
“Eduardo Vítor Rodrigues é o responsável, ponto”, disse Sérgio Humberto, também vice-presidente da AMP, à Lusa à margem de uma reunião com representantes do Jornal de Notícias (JN), na sede do partido, no Porto.
O social-democrata referiu que foi o presidente da AMP, que também assume a liderança da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, que liderou o processo e, portanto, “para o bem ou para o mal é ele tem que assumir as responsabilidades”.
Em causa está a UNIR, a nova rede de autocarros da AMP que começou na sexta-feira a operar em todo o território da região, após anos de litigância nos tribunais com os anteriores operadores.
Entre os problemas desde que começou a operação está a supressão de carreiras ou a falta de apresentação dos horários.
Mostrando-se “preocupado” com aquilo que as pessoas estão a “sofrer”, Sérgio Humberto assumiu dar “nota negativa” ao arranque desta operação.
“Sinceramente acho que isto foi fruto de alguma falta de estratégia e de planeamento. Isto tudo foi muito centralizado naquilo que é o presidente [da Área Metropolitana do Porto]”, reafirmou.
Como em qualquer concessão é normal que o arranque não corra a 100%, mas “tantos problemas” não são admissíveis, por isso, é preciso que os mesmos sejam resolvidos rapidamente, reforçou.
A Área Metropolitana do Porto não pode cometer “mais falhas” e já “não tem mais crédito”, sobretudo depois de insistir e de apelar às pessoas para andarem de transportes públicos, concluiu.
A nova rede de 439 linhas e nova imagem substituiu os serviços efetuados pelos cerca de 30 operadores privados rodoviários na AMP, como por exemplo a Caima, Feirense, Transdev, UT Carvalhos, Gondomarense, Pacense, Arriva, Maré, Landim, Valpi, Litoral Norte, Souto, MGC, Seluve, Espírito Santo, entre outros.
No Porto e nos concelhos vizinhos, o serviço da STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto) mantém-se inalterado.
Toda a rede UNIR utilizará o sistema de bilhética Andante, e acaba com um modelo de concessão linha a linha herdado de 1948, já que o concurso público foi dividido em cinco lotes, ainda que todos operem sob a mesma marca.