Reprivatização da Efacec “provavelmente vai ter custo elevado”
Porto Canal
O presidente do Conselho de Administração da Associação Empresarial de Portugal (AEP), Luís Miguel Ribeiro, defende que a demora na tomada de decisão quanto ao futuro da Efacec poderá trazer um “custo elevado para o Estado”.
“Veremos como é que este negócio vai acabar, mas provavelmente vai ter um custo muito elevado para o Estado. Se as coisas tivessem sido feitas de outra forma, com outra celeridade, provavelmente poderia ter-se salvaguardado esse tal ‘know-how’, com um investimento muito inferior e encontrando outras soluções”, afirma o presidente da AEP em entrevista publicada esta segunda-feira no jornal Negócios.
Luís Miguel Ribeiro aponta que os melhores trabalhadores foram saindo para outras empresas. “Os postos de trabalho são o tal ‘know-how’ de que eu estava a falar, a tal especialização que ali existia. Só que, entretanto, com esta demora, as pessoas foram saindo, e os melhores recursos foram para outras empresas”, frisa.
O presidente da AEP aponta que a demora na “análise de várias propostas” e o “tempo que demorou a encontrar a solução” acabaria por ser “um dos grandes prejuízos para a Efacec”.
No primeiro dia de novembro era noticiado que o fundo de investimento Mutares finalizava a compra da Efacec ao Estado, que vai reforçar o segmento de engenharia e tecnologia, permitindo que a empresa recupere “uma posição de destaque no mercado”.
“A Mutares concluiu com sucesso a aquisição da Efacec ao Estado português, como parte do processo de reprivatização iniciado no final de 2022”, indicou a empresa, em comunicado.