Chega acusa Governo de “provocação baixa” a Marcelo e pede “cartão vermelho” a Pizarro

Chega acusa Governo de “provocação baixa” a Marcelo e pede “cartão vermelho” a Pizarro
| Política
Porto Canal/Agências

O líder do Chega acusou esta quarta-feira o Governo de ter feito uma provocação baixa ao Presidente da República ao colocar o ministro João Galamba a encerrar o debate orçamental e pediu a demissão do ministro da Saúde.

Estas posições foram transmitidas por André Ventura no Palácio de Belém, em Lisboa, no final de uma audiência que requereu ao chefe de Estado, que durou cerca de 45 minutos e durante a qual esteve acompanhado pelos vice-presidentes do partido Marta Trindade e Pedro Frazão.

Além das questões relacionadas com João Galamba e com Manuel Pizarro, o presidente do Chega disse também que o seu partido vai chamar com caráter de urgência ao parlamento o ministro da Economia, António Costa Silva, exigindo saber que negócio foi feito com a venda da Efacec, “quando o Estado ainda vai colocar mais 160 milhões de euros”.

Perante os jornalistas, André Ventura considerou que o Governo, na terça-feira, na sessão de encerramento do debate na generalidade do Orçamento do Estado para 2024, “fez uma provocação inadmissível ao Presidente da República e ao parlamento português, escolhendo para o discurso final o ministro [das Infraestruturas] João Galamba”.

“É uma provocação desnecessária, evidente e direta. Estamos perante um ato político absolutamente desnecessário, provocador e até baixo por parte do Governo socialista, quando todos sabemos o que aconteceu entre o Presidente da República e o ministro Galamba. Todos sabemos que João Galamba já não devia ser ministro da República”, declarou.

Mais tarde, já na fase de perguntas por parte dos jornalistas, André Ventura transmitiu que Marcelo Rebelo de Sousa não entendeu como uma provocação contra si essa opção do executivo socialista de pôr João Galamba a discursar na sessão de encerramento do debate orçamental.

Ainda sobre outros temas da sua audiência com Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente do Chega considerou essencial a demissão do ministro Manuel Pizarro face “ao caos que se vive na saúde”, tendo pedido ao chefe de Estado “um cartão vermelho”.

Neste ponto, André Ventura referiu que o Presidente da República partilha a ideia de que a situação se “está a agravar de forma significativa e que o Governo, pelo menos até agora, não tem qualquer tipo de solução”.

“Não se consegue chegar a consenso em temas como as horas extraordinárias, a carreira dos médicos, a dedicação plena ou a rotatividade dos serviços. Isto demonstra uma grande incompetência deste ministro da Saúde. Transmitimos ao Presidente da República que, honestamente, só ele pode mostrar esse cartão vermelho. O parlamento já o fez”, assinalou, numa alusão às moções de censura ao Governo apresentadas pelo Chega.

+ notícias: Política

“Não há condições políticas” para regresso do Serviço Militar Obrigatório, garante ministro da Defesa

O ministro da Defesa Nacional admitiu que “hoje não há condições políticas” para voltar a impor o Serviço Militar Obrigatório (SMO), sugerindo que os jovens que optem pelas Forças Armadas tenham melhores condições de entrada na universidade ou função pública.

"Acabarei por ser inocentado", diz Galamba sobre caso Influencer

O ex-ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que acredita que vai ser inocentado no processo Influencer e discorda que a Procuradora-Geral da República, Lucília Gago, deva prestar esclarecimentos no Parlamento.

Governo responde a Marcelo. "Não está em causa nenhum processo" para reparação do passado colonial

O Governo afirmou este sábado que “não esteve e não está em causa nenhum processo ou programa de ações específicas com o propósito” de reparação pelo passado colonial português e defendeu que se pautará “pela mesma linha” de executivos anteriores.