Grupo José de Mello espera solução para privatização da Efacec
Porto Canal / Agências
O presidente executivo do Grupo José de Mello, Salvador de Mello, apontou esta terça-feira que o grupo vê “com muitos bons olhos” os fatores que contribuam para uma solução para a Efacec, cuja privatização ultrapassou o prazo inicial do Governo.
“Tudo o que contribua para uma solução para a Efacec vemos com muitos bons olhos, e as notícias recentes apontam para uma probabilidade importante de que essa continuidade da Efacec esteja garantida”, afirmou Salvador de Mello num encontro com jornalistas num hotel em Lisboa, por ocasião da apresentação da ‘holding’ vitivinícola Winestone.
Questionado sobre o silêncio da empresa, Salvador de Mello disse que o grupo que lidera vai “continuar assim até à conclusão do processo”.
A José de Mello tem com a TMG (Têxteis Manuel Gonçalves), através da MGI, uma posição de 28,27% na Efacec.
O Governo aprovou em junho a venda de 71,73% do capital da Efacec ao fundo alemão Mutares.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias, tendo o ministro da Economia e do Mar afirmado ter “grande expectativa” de que este valor possa ser recuperado.
No dia 23 de junho, a Mutares anunciou que já tinha assinado o acordo para a compra da Efacec ao Estado, por um valor não revelado e que a conclusão da transação estava prevista para o terceiro trimestre.
O novo processo de reprivatização da participação de 71,73% do Estado na Efacec foi aprovado pelo Governo em novembro do ano passado, com um novo caderno de encargos, depois de a 28 de outubro ter sido anunciado que a venda da empresa ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.
No âmbito do processo de reprivatização da Efacec, a Parpública recebeu propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos: Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia, tendo o grupo alemão acabado por ser o escolhido.