Dados da PSP revelam aumento da criminalidade no Porto face a 2022

Dados da PSP revelam aumento da criminalidade no Porto face a 2022
| Porto
Maria Leonor Coelho

A criminalidade registada no Porto pelas forças de segurança durante os primeiros oito meses de 2023 aumentou em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com os resultados operacionais disponibilizados pela PSP ao Porto Canal.

Na área abrangida pela PSP, a criminalidade geral no distrito do Porto registou uma subida de 8,5%, face ao período homólogo, tendo sido registados 36.438 crimes, mais 2887 do que no ano anterior.

O Porto Canal já tinha noticiado que a violência nos espaços de diversão noturna, o tráfico e consumo de droga, aliados os assaltos em via pública têm contribuído para um aumento da criminalidade no Porto.

Pedro Moura, da direção nacional da PSP, apontou ainda a radicalização social, a crise e a inflação como principais causas para o aumento da criminalidade, à margem da cerimónia de apresentação dos resultados operacionais das forças de segurança referentes aos quatro primeiros meses do ano, realizada em maio, no Ministério da Administração Interna.

Volvidos mais quatro meses, a criminalidade geral no distrito continua a aumentar. Contudo, a criminalidade violenta tem vindo a diminuir.

Nos primeiros oito meses deste ano, registou-se uma descida de 3,6%, tendo sido registados menos 53 crimes violentos no Porto, em relação ao período homólogo, contrariando a tendência dos primeiros quatro meses do ano.

No que concerne aos assaltos, o Barómetro de Segurança da Securitas Direct apontou para uma subida de 11% no primeiro semestre deste ano, sendo o Porto um dos três distritos mais afetados, a par das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.

No total, a PSP do Porto registou 35.034 crimes entre janeiro e agosto de 2022, valor que aumentou para 37.868 no mesmo período em 2023, verificando-se assim um aumento de 8,1% na criminalidade do distrito de um ano para o outro.

O aumento da criminalidade no distrito tem vindo a disparar o clima de insegurança na cidade. 

 
 
 
Ver esta publicação no Instagram
 
 
 

Uma publicação partilhada por Porto Canal (@porto.canal)

De forma a tentar abrandar estes valores, entre janeiro e setembro, a PSP do Porto já realizou 2118 policiamentos de visibilidade, 2857 operações de fiscalização rodoviária, 599 policiamentos em zonas urbanas sensíveis, 428 operações de prevenção criminal e 21 operações especiais de prevenção criminal.

Além disso, por ter consciência de que o consumo de droga está na raiz do aumento da criminalidade, a mesma força policial já efetuou 300 operações de prevenção criminal, 1074 ações de visibilidade, 575 detenções e apreendeu 205 mil doses de droga.

Criminalidade no Porto na última década
Embora a criminalidade no distrito do Porto esteja a aumentar face a 2022, os valores de 2023 ficam aquém dos de 2013.

Entre janeiro e agosto de 2013, a PSP do Porto registou mais 4790 crimes do que no mesmo período em 2023 (-11,6%).

No que diz respeito à criminalidade violenta e grave houve uma diminuição de 24%, tendo sido registados menos 451 crimes este ano face a 2013.

+ notícias: Porto

Passado do Embaixador ainda vive no novo Burger King dos Aliados

A histórica Rua de Sampaio Bruno, na Baixa do Porto, é agora o novo lar de um restaurante Burger King. O espaço nasce no antigo Café Embaixador, depois do encerramento em 2022. Mas quem entra naquela superfície da cadeia de fast food ainda pode sentir o passado do emblemático café que funcionou ali por 65 anos.

Porto pressiona Governo por reforço da PSP e quer descentralizar formação

A Assembleia Municipal do Porto aprovou por unanimidade uma proposta do PSD que insta o Governo a “tomar medidas de caráter urgente” e assegurar mais efetivos e recursos para a PSP, bem como a descentralizar a formação policial.

Cidadã expulsa volta a Assembleia Municipal do Porto e denuncia falta de polícia em vigílias

A cidadã que na semana passada foi expulsa da Assembleia Municipal do Porto voltou a intervir naquele órgão para denunciar que as vigílias em solidariedade com a Palestina continuam desprotegidas e sem policiamento.