César Boaventura incriminado por testemunhas ouvidas no julgamento “Operação Malapata”
Porto Canal
Três testemunhas estiveram esta segunda-feira em tribunal a relatar os negócios que tinham feito com César Boaventura, na continuação do julgamento da “Operação Malapata”. Duas delas foram, alegadamente, lesadas pelo empresário de futebol.
O julgamento, que leva Boaventura ao banco dos réus, envolve dez crimes de burla qualificada, falsificação de documentos, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.
Uma das testemunhas, um empresário de 73 anos, aponta, citado pelo Jornal de Notícias, que terá vendido a César Boaventura uma casa, em Esposende, avaliada em 400 mil euros, mas só terá recebido o sinal de 15 mil euros.
De acordo com o relato Boaventura ter-lhe-á dito que “estava à espera de milhões” e que, entretanto, pagava uma renda de 1500 euros mensais.
No depoimento do empresário de 73 anos passados “dois ou três anos” e “farto de pedir o dinheiro ou a casa” conseguiu que Boaventura entregasse as chaves. A casa acabaria por ser vendida a outra pessoa, “embora muito deteriorada”, por 400 mil euros, refere o JN.
Uma outra testemunha, ouvida no âmbito do julgamento da “Operação Malapata” disse que aceitou ser a figura de sócio gerente da empresa Dominiovedeta, um empresa, diz, por onde passaram quantias “enormes”.
O gestor de ativos afirmou que levantou dinheiro no banco, mas que sempre entregou “tudo” a César Boaventura, escreve o jornal.
Foi também ouvido uma testemunha que terá vendido um automóvel por cerca de 50 mil euros porque "do que tinha ouvido falar, ele tinha poder financeiro e reputação", escreve o JN. O advogado de defesa pediu o anulação do depoimento pelas contradições do que disse no inquérito.