Governo quer vender TAP a quem aproveitar o aeroporto do Porto
Porto Canal
São quatro condições essenciais que vão condicionar a venda da TAP, sendo uma delas a preocupação com a exploração e capacitação de aeroportos nacionais fora de Lisboa, com especial destaque para o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, informou o Governo esta quinta-feira.
No briefing após Conselho de Ministros que aprovou o diploma que estabelece o caderno de encargos para a privatização da companhia aérea portuguesa, Fernando Medina deixou claro que o futuro comprador da TAP tem de ter quatro preocupações: além da manutenção e crescimento do ‘hub’ de Lisboa (aeroporto que serve como centro de distribuição de passageiros), o Governo considera estratégico o investimento e emprego que o novo investidor possa trazer para Portugal em atividades de alto valor no setor da aviação, o melhor aproveitamento da rede de aeroportos nacionais valorizando e fazendo crescer operações de ponto a ponto, nomeadamente no aeroporto do Porto, e o preço e valor oferecido para aquisição das ações da companhia.
“A privatização da TAP é para servir melhor o país e a economia nacional, nós não vamos privatizar a TAP simplesmente ao maior valor”, assegurou o ministro das Finanças.
Já a percentagem do grupo a privatizar ainda não está definida, sabe-se apenas que será no mínimo 51% do capital, com uma tranche de até 5% reservada aos trabalhadores.
“Se será 51%, se será 60%, 70%, 80%, ou, até como o senhor primeiro-ministro admitiu - 100% -, isso não está definido, será definido em fase posterior do processo, em função do que o Governo considerar que é essencial em termos de segurança no cumprimento dos objetivos estratégicos definidos”, explicou Fernando Medina.
O caderno de encargos da privatização da TAP começa agora a ser desenvolvido – o Governo quer fazer aprovar este documento em Conselho de Ministros, “o mais tardar”, até ao início do próximo ano.