Um terço dos portugueses até 49 anos não tem habitação estável
Porto Canal
Cerca de 36% dos jovens e 33% dos adultos, entre os 35 e 49 anos, não têm habitação estável, avança o Jornal de Notícias este domingo de acordo com uma sondagem feita pela Aximage. Este cenário verifica-se porque a maioria dos inquiridos diz não ter condições para conseguir aceder ao crédito ou pagar os valores de renda que estão atualmente a ser praticados em Portugal.
Com base na sondagem que o Jornal de Notícias divulgou este domingo, quase metade dos portugueses (49%) considera que os baixos salários é um dos fatores que explica a crise na habitação. A inflação elevada (36%), a pouca oferta de casas a preço acessível (29%) e o difícil acesso ao crédito à habitação (13%) são os fatores que os inquiridos também escolheram para justificar a crise na habitação.
Questionados sobre a gravidade da crise na habitação, a sondagem mostra que para 90% dos portugueses a crise na habitação é grave ou “muito grave” (57%), principalmente para os mais jovens dos 18 aos 34 anos (60%) e adultos entre os 35 e 49 anos (62%).
Face a esta crise a Associação dos Inquilinos e Condóminos do Norte de Portugal (AICNP) pediu, este sábado, ao Governo que tome medidas urgentes para ajudar as famílias que “estão em risco de acabar na rua por não poderem pagar casa”.
De acordo com o jornal Expresso, arrendar um quarto na cidade Invicta custa em média mais 135 euros do que em 2021, números que atiram o Porto para a liderança do panorama nacional.
Por exemplo, o preço médio de um quarto para estudantes ultrapassa os 400 euros no Porto e a oferta privada disponível chega para menos de 10% dos jovens agora colocados nas universidades e politécnicos daquelas cidades.
Porto aparece no quarto lugar da lista com 425€. Amadora (382€), Odivelas (380€), Sintra (375€), Almada (370€), Loures (370€) e Montijo (366€), completam o top 10.