Supermercado português multado na Venezuela por vender carne com preço superior ao estabelecido
Porto Canal / Agências
Caracas, 05 jul (Lusa) - As autoridades venezuelanas multaram e encerraram temporariamente uma sucursal da rede de supermercados Central Madeirense por terem detetado, numa inspeção, que havia carne de vaca à venda a um preço superior ao estipulado pelo executivo.
"Na inspeção verificou-se que a carne foi fornecida pelo Estado, através da Corporação Casa, e que era vendida a mais de 300 % acima do estipulado", explica um comunicado emitido pela Superintendência Nacional de Silos, Armazéns e Depósitos Agrícolas.
O documento precisa que a inspeção foi efetuada pelo superintendente coronel Luís Moreno Machado e aconteceu num dos supermercados da rede Central Madeirense a sul de Caracas.
"Dos 5.500 quilogramas que foram entregues ao referido estabelecimento, apenas restavam 405 quilogramas e foram retidos preventivamente. Imediatamente o Instituto para a Defesa das Pessoas no Acesso a Bens e Serviços, aplicou a sanção correspondente pela especulação", acrescenta a nota.
Fontes não oficiais dão conta que a carne em questão, subsidiada pelo Estado venezuelano, deveria ser vendida a 27,29 bolívar por quilograma (3,35 euros), mas estava à venda a 105 bolívares por quilograma (12,8 euros).
A Central Madeirense deverá pagar 107.000 bolívares (13.064 euros) de multa e permanecerá encerrada durante 72 horas.
A Agência Lusa tentou, sem sucesso, falar com um responsável da empresa de forma a obter um comentário ao caso.
FPG // JCS
Lusa/fim