Eleições em Espanha: Líder do PP insiste que é candidato a primeiro-ministro

Eleições em Espanha: Líder do PP insiste que é candidato a primeiro-ministro
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Porto Canal/Agências

O presidente do Partido Popular de Espanha, Alberto Núñez Feijóo, insistiu esta quarta-feira em que ganhou as eleições de 23 de julho e por isso deve governar, acrescentando que a alternativa é uma 'gerigonça' que não garante estabilidade e governabilidade.

"Temos a responsabilidade de dotar Espanha de um governo que governe. E que governe desde o primeiro momento, não que resista durante uns anos", disse Feijóo, numa reunião com deputados e senadores eleitos pelo PP (direita) nas eleições legislativas de 23 de julho, que o partido ganhou, mas sem conseguir maioria absoluta sozinho ou com o VOX, de extrema-direita, com quem governa em coligação em quatro regiões autónomas espanholas.

O Partido Socialista (PSOE) foi o segundo mais votado e tem mais aliados parlamentares, pelo que neste momento parece ter mais possibilidades de formar governo, coligado com a plataforma Somar (extrema-esquerda) e com o apoio parlamentar de forças regionalistas, nacionalistas e separatistas.

Feijóo repetiu esta quarta-feira por diversas vezes que o partido mais votado é que deve governar Espanha e considerou que a alternativa a um executivo do PP é um "governo de paralisia e de desgaste institucional" permanente, que dependeria do apoio de 24 forças políticas, “algumas contraditórias entre si”, atendendo a todos os grupos que integram o Somar (mais de 15) e aos que teriam de participar na 'geringonça' parlamentar.

O líder do PP considerou que há um "risco de bloqueio real" em Espanha com um governo como o que pretende liderar o PSOE, que seria "ainda mais débil e dividido" do que o da última legislatura, quando os socialistas encabeçaram um executivo de coligação com a extrema-esquerda da Unidas Podemos e contaram já com o apoio de partidos nacionalistas e separatistas.

Feijóo sublinhou que um novo executivo do PSOE e da extrema-esquerda dependeria de partidos independentistas, que têm "o objetivo de debilitar o país e, em alguns casos, desmembrá-lo", o que é incompatível com governar Espanha.

"Espanha precisa de um governo construtivo e o mais depressa possível. Sinto-me preparado para esse objetivo", afirmou.

A nova legislatura espanhola, saída das eleições de 23 de julho, arranca na quinta-feira com a constituição formal do parlamento.

Cabe depois ao chefe de Estado, o Rei Felipe VI, fazer uma ronda de audições com os partidos representados no parlamento e indicar um candidato a primeiro-ministro, que para ser investido tem de ser votado e aprovado pelo plenário dos deputados.

"Não tenho qualquer dúvida de que o Rei atuará como sempre fez, de acordo com a lei, exercendo as suas competências constitucionais e ao serviço de Espanha e dos espanhóis", disse esta quarta-feira Feijóo, depois de mais uma vez defender que quem ganha as eleições é que deve governar.

O líder do PP defendeu que o resultado das legislativas foi claro e inequívoco, sublinhando que os populares têm o maior grupo de deputados no Congresso e uma maioria absoluta no Senado (as duas câmaras das Cortes espanholas).

Feijóo assumiu que, porém, não conseguiu reunir nas últimas semanas apoios que garantam uma maioria absoluta de votos a favor na sua investidura no parlamento como primeiro-ministro.

O líder dos socialistas espanhóis, Pedro Sánchez, confirmou esta quarta-feira que vai recandidatar-se a primeiro-ministro, apesar de não ter vencido as eleições de 23 de julho.

A eleição da Mesa do Congresso e da Presidência do Congresso (o parlamento espanhol) na quinta-feira servirá de ensaio à possibilidade de formação de um novo governo de esquerda.

O PSOE indicou esta semana um nome para candidata a presidente do Congresso, o da deputada Francina Armengol, que para ser eleita terá de conseguir o apoio dos mesmos partidos com quem os socialistas e o Somar negoceiam a 'geringonça' parlamentar.

Caso Francina Armengol não reúna os apoios necessários, a presidência do parlamento pode acabar nas mãos da candidata do PP, Cuca Gamarra, através de uma maioria simples (mais votos a favor do que contra).

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