Segundo novas estimativas da Comissão Europeia, os cofres públicos perdem, por ano, 3,5 mil milhões de euros devido ao trabalho não declarado.

Apesar de o trabalho não declarado estar criminalizado na lei portuguesa, em Portugal, não foram entregues à Segurança Social 2 576 mil milhões de euros em IRS ou contribuições.

De acordo com o estudo realizado pela Direção-geral do Emprego, Assuntos Sociais e Inclusão da União Europeia, o valor perdido poderia suportar 3,9% da despesa pública nacional.

Ainda assim, avança o Jornal Negócios, Portugal está abaixo da média europeia, sendo o quarto valor mais baixo.

No país, são as remunerações não declaradas por trabalhadores não independentes que mais têm impacto nestes valores. O trabalho dependente não declarado representa apenas 54% das perdas calculadas.

Segundo o mesmo jornal, Portugal aparece, assim, com uma das estimatvas mais altas de percentagem de salário brut não declarado: 41% face aos 27% da média europeia.

O estudo de Bruxelas relaciona o trabalho não declarado a pequenas e microempresas e aos setores da construção e da agricultura.

A avaliação da União Europeia pretende estudar e melhorar a eficácia das políticas públicas dos 27 no combate ao trabalho não declarado, bem como avaliar o peso que esse fenómeno representa em cada país.

A Comissão Europeia que as autoridades tributárias do bloco percam 425 mil milhõe de euros, devido à falta de inscrição de trabalhadores na Segurança Social e a pagamentos não declarados.