Associados da ACM STOP denunciam “atropelos à transparência e idoneidade” da direção de Rui Guerra

Associados da ACM STOP denunciam “atropelos à transparência e idoneidade” da direção de Rui Guerra
| Porto
Ana Francisca Gomes

Um conjunto de associados da Associação Cultural de Músicos do STOP (ACM STOP) denunciaram “vários atropelos à transparência e idoneidade” da direção de Rui Guerra, da qual dizem não se sentirem representados. Em comunicado enviado ao Porto Canal, os artistas revelam não conseguirem ter acesso a atas de Assembleias Gerais ou a documentação relativa às eleições da própria associação e de não serem internamente informados de decisões que chegam até à comunicação social.

“Nós, associados da Associação Cultural de Músicos do STOP (ACM STOP) abaixo assinados, vimos por este meio denunciar os vários atropelos à transparência e idoneidade que se requer de uma associação para com os seus associados, e que foi não raras vezes posta em causa pela direção da mesma”, começaram por escrever.

No comunicado enviado ao Porto Canal, alguns associados da ACM STOP reforçam que “está cada vez mais latente o descontentamento e a frustração de não se sentirem “representados” nem de se reverem “nas atitudes da direção da ACM STOP até ao presente dia”.

Os artistas desta associação acusam a direção de Rui Guerra de ter sido “pouco transparente” e denunciaram existirem atas das Assembleias Gerais que nunca chegaram a ser enviadas aos associados - “apesar de ter sido repetidamente solicitado” - e de terem sido ”dirigidas quase unilateralmente pelo presidente da direção”.

“Questionado o presidente do Conselho Fiscal do ACM STOP sobre a documentação referente às eleições constituintes dos seus órgãos sociais, após a sua constituição, não foi dada qualquer resposta concreta sobre a sua existência, dando inclusive a entender que tais eleições nem sequer ocorreram, o que, a confirmar-se, teria graves consequências daí decorrentes para a própria existência da ACM STOP e da validade dos seus atos”, divulgaram ainda.

Mas há mais. Os utilizadores do espaço do STOP associados à ACM STOP revelam que o processo de comunicação com a associação “tem vindo a ser dificultado pelos mesmos em crescendo de dia para dia”, sendo que “e-mails, chamadas, ou SMS têm sido constantemente ignorados”. Dizem os associados que, quando conseguem entrar em contacto com órgãos da associação, são “encarados com uma atitude esquiva e defensiva perante questões e solicitações legais”.

Os associados lamentam não terem sido “informados da demissão do presidente da direção da ACM STOP, Sr.Rui Guerra” através da associação e que tenham descoberto “ através da imprensa”.

“A demissão do presidente da direção, Sr. Rui Guerra, sem aviso prévio aos associados, com a agravante de ser comunicada previamente aos órgãos de comunicação social, é a gota de água na sensação de impotência e consequente descrença que já estava presente entre nós”, escrevem, dizendo sentirem-se “na urgência” de se desmarcarem publicamente das “posições tomadas pela direção liderada pelo ex presidente Sr. Rui Guerra”.

O Porto Canal tem tentado contactar Rui Guerra, que se despediu da direção da ACM STOP na passada sexta-feira, mas sem sucesso.

Os associados revelam ainda que no dia 24 de julho - dia da manifestação que resultou numa marcha entre a Câmara Municipal do Porto e o Centro Comercial STOP - Rui Guerra, em Assembleia Geral, “ apresentou uma proposta com vista à extinção da associação, a qual foi respondida pela maioria dos associados presentes com um parecer favorável”. No dia seguinte, e para “choque” dos associados, foi-lhes comunicado que tal decisão já não aconteceria.

“Informamos ainda que a Comunidade do STOP se tem mobilizado ágil, ativa e democraticamente para encontrar soluções para o Centro Cultural STOP, da qual foi fruto da contraproposta enviada à Câmara Municipal do Porto na passada quarta-feira, 26 de Julho de 2023. É importante referir que este documento foi pensado e escrito com a nossa participação e colaboração e enviado com o aval do então presidente da direção da ACM STOP, Sr. Rui Guerra. Subscrevemos e apoiamos a contraproposta - que, reiteramos, foi redigida com o nosso envolvimento e tendo em conta a pluralidade da comunidade do Centro Cultural STOP, da qual reuniu o máximo de consenso”, concluem.

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