Taxas de aborto aumentam em países da Europa Ocidental
Porto Canal
De acordo com dados publicados pela Alemanha, o número abortos realizados subiu consideravelmente em vários países, cujo a taxa estava em declínio há mais de 10 anos. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) admite acréscimo, apesar de ainda não serem conhecidos números, segundo o Diário de Notícias.
Na Alemanha, segundo o Gabinete Federal de Estatísticas, “foram registados 104 mil abortos na Alemanha em 2022, o que corresponde a um aumento de 9,9% face ao ano anterior, no qual se havia contabilizado o número mais baixo – 94 600 – desde que há estatísticas. (…) Os dados disponíveis não permitem identificar uma causa óbvia para este forte aumento”.
A Alemanha, assim como Portugal, é um dos países da Europa ocidental que tem apresentado uma taxa de aborto persistentemente baixa.
Em termos de faixa etária, de 2021 para 2022, é precisamente nas adolescentes que se deu o maior aumento.
No outro lado do espetro, o Reino Unido, é dos países com taxa de aborto mais elevadas da Europa ocidental (em 2021 eram de 18,6 e 13,5 em Inglaterra-Gales e Escócia, respetivamente).
Portugal tem vindo a demonstrar uma descida constante no número de interrupções na gravidez (IG) - só entre 2018 e 2021 a diminuição foi de 18,8% - também está a assistir a um fenómeno similar ao ocorrido nos três países referidos.
Ao Diário de Notícias, Teresa Bombas, do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra, revela que nota um aumento de procura nos seus serviços. Além disso, em relação à causa do aborto, a profissional afirma estar, mais vezes, associado à “causa económica” e com o número de filhos que a família já tem.