Eólicas em Matosinhos podem significar queda de 13% no valor das casas
Porto Canal
A Câmara de Matosinhos, junta-se às autarquias do Porto e Gaia na contestação à construção do Parque Eólico de Leixões, que ocupará a zona entre Matosinhos e Espinho.
A autarquia liderada por Luísa Salgueiro aponta que a presença de eólicas, a 3,4 quilómetros da costa, pode desvalorizar os imóveis em 13%, num raio de dois quilómetros, noticia o Jornal de Notícias.
As percentagens de desvalorização remetem-se a estudos da London School of Economics que apontam também que num raio de quatro quilómetros a desvalorização de imóveis pode chegar aos 3%.
“Trata-se de uma adulteração da arquitetura paisagística natural de Matosinhos que poderá, além disso, afetar os fluxos turísticos e consequentemente a economia local”, refere a Câmara Municipal. O setor das pescas, restauração, turismo e desporto são algumas das economias que podem vir a ser afetadas refere-se.
A autarquia pede ainda indeminizações devido a quebra de receitas que possa vir a ter, nomeadamente na derrama, IMI, IMT e IRS. “Caso se decida pela implementação do projeto, se determine um montante indemnizatório, na modalidade de taxa, para a compensação do município”, pode ler-se. Em causa estão os “investimentos públicos realizados e pela redução da receita decorrente da perda de competitividade de setores muito relevantes para a economia local”.
A fruição do por-do-sol é outro dos fatores colocado em causa, aponta a autarquia. “Trata-se de uma adulteração da arquitetura paisagística natural de Matosinhos que poderá, além disso, afetar os fluxos turísticos e consequentemente a economia local”.
É esperado “impacto sonoro a todos os níveis, incluindo na vida” de quem mora em Matosinhos, “assim como nas espécies aviárias e marinhas”, refere o jornal, apontando resultados semelhantes de um parecer da Câmara do Porto.