Sete artistas 'inundam' de novas histórias caixas de eletricidade da Rua Mouzinho da Silveira
Fábio Lopes
As caixas de eletricidade da Rua Mouzinho da Silveira estão a ganhar novas cores. Foi aberto um concurso no âmbito do Programa de Arte Urbana do Município do Porto e os artistas selecionados já começaram a colorir esta histórica rua portuense, dando-lhe nova vida.
Com a tradicional azáfama como pano de fundo, é de pincel e paleta na mão que sete artistas têm a missão de colorir as caixas de eletricidade, revestindo-as de novas histórias.
No total, são 28 as estruturas a serem intervencionadas, com a inauguração dos trabalhos prevista para o dia 2 de junho.
Com receio de uma presença indesejada, a chuva, os artistas metem mãos à obra, perante os olhares surpreendidos dos turistas que vão deambulando pela rua.
Inaugurada em 2014, esta é uma iniciativa integrada no Programa de Arte Urbana do Município do Porto e pretende contribuir para a divulgação da produção criativa da arte urbana, incentivando a sua prática num enquadramento institucional autorizado.
"Lançamos uma call que foi extremamente participada. Tivemos cerca de 80 artistas nacionais e internacionais, mas que residem em território nacional, aqui a participar e conseguimos assim selecionar as melhores propostas", frisa, em declarações ao Porto Canal, Catarina Araújo, Vereadora da Câmara do Porto e Presidente do Conselho de Administração da Empresa Ágora.
Assim, todos os anos, os artistas visuais são convidados a apresentar propostas para tornar (ainda) mais colorida a cidade, com a inscrição dos seus traços, cores e desenhos em espaços do Porto.
Este é um projeto visto com bons olhos pelos participantes que podem assim expor o seu trabalho, tornando a arte acessível para todos.
"Eu trabalho muito em atelier com galerias. O meu trabalho é mais exposto em interior e foi uma oportunidade que eu vi para tornar o meu trabalho também mais conhecido" sublinha Mariana de Castro.
Visão partilhada por Constança Duarte, outra das artistas selecionadas. "Eu acho muito interessante a questão da arte estar na rua e das pessoas poderem usufruir sem terem que entrar no museu, ou numa galeria. Levar a arte para diretamente às pessoas e despertar esse interesse", defende.
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