IVA 0. Preço médio de alimentos baixa 10,96 euros, mas há produtos essenciais mais caros

IVA 0. Preço médio de alimentos baixa 10,96 euros, mas há produtos essenciais mais caros
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Porto Canal

Iogurtes líquidos, laranjas e atum em óleo foram os produtos que aumentaram o preço, apesar da isenção, segundo a análise da Deco Proteste. Pescada e congelados registam as maiores descidas.

Nas primeiras semanas de aplicação da medida do IVA de 0%, a maioria dos produtos alimentares abrangidos diminuiu. Porém, o preço de alguns bens de grande consumo aumentou. É o caso do atum enlatado em óleo vegetal, as massas espirais e dos iogurtes líquidos, segundo a análise da empresa Deco Proteste a 41 dos 46 tipos de produtos cobertos pela isenção de IVA, em vigor desde 18 de Abril.

Na análise, foi comparado os custos dos alimentos registados de 17 de abril, véspera da entrada em vigor da medida, com os valores dos preços um mês depois (17 de maio). A Deco Proteste chegou à conclusão de que dos 41 produtos analisados “há 33 que hoje estão mais baratos, enquanto oito aumentaram de preço, mesmo com a isenção de IVA”.

Em média, o valor da descida de custo do cabaz dos produtos essenciais é de 10,96 euros, que corresponde a uma descida média de 7,9%. Ora, este valor resulta da subtração entre o valor médio no dia imediatamente anterior à aplicação da isenção nos supermercados (138,77 euros) e o de agora (127,81 euros).

Segundo Rita Rodrigues, diretora de comunicação da Deco Proteste, ao Público, apesar de se verificar a diminuição dos custos médios dos alimentos com a descida do IVA, “há produtos de grande consumo com um aumento de preço-base”, onde “o impacto fica aquém do que temos, em termos médios, no cabaz”.

Se, nalguns casos, há bens cujo preço baixou “mais do que os 6%”, noutros registou-se uma subida e, embora isso “não signifique que a medida não esteja a ser implementada”, assistiu-se a uma trajetória contrária à que se verificou na tributação, refere a representante da Deco Proteste, empresa que se dedica à produção de informação na área do consumo.

A empresa refere que, dos alimentos que mais desceram de preço, salientam-se: “a pescada fresca (-37,52%), a alface frisada (-20,24%), a courgette (-19,40%), o óleo alimentar (-14,24%) e o tomate (-14,09%)”. Outros bens “também tiveram descidas de preço muito inferiores” ao esperado, “como, por exemplo, o esparguete (-1,83%), a manteiga com sal (-1,61%) e o arroz-agulha (-1,41%)”.

Ao mesmo tempo, alguns produtos viram o seu preço a aumentar, em relação a 17 de Abril: “O iogurte líquido (13,85%), pão de forma sem côdea (6,53%), atum posta em óleo vegetal (6,47%), brócolos (6,26%), massa espirais (4,66%), maçã-gala (2,98%), laranja (0,86%) e maçã-golden (0,48%)”.

De forma geral e dividindo os alimentos em categorias, a análise desta empresa indica que a maior quebra de preços aconteceu no peixe (-15,98%), seguindo-se os congelados (-6,92%), as frutas e legumes (-6,85%) e a carne (-5,71%).

Para além desta redução do IVA, o Governo também assinou um pacto com os agricultores e com os representantes da distribuição prometeu ajudas aos produtores agrícolas e em troca estes baixam os seus preços (nesse ponto da cadeia).

Até 31 de Outubro, a isenção estará em vigor. No entanto, antes disso, ao fim de três meses, o Governo vai fazer uma “avaliação intercalar” sobre a adoção da medida – no final de Junho, onde já cumpriu três meses da assinatura do pacto.

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