Ministra salienta que "atos de indisciplina" nas Forças Armadas "são intoleráveis"

Ministra salienta que "atos de indisciplina" nas Forças Armadas "são intoleráveis"
| Política
Porto Canal/Agências

A ministra da Defesa considerou esta segunda-feira que “atos de indisciplina são intoleráveis” nas Forças Armadas e que atitudes como a dos 13 militares que recusaram embarcar no navio Mondego colocam em causa “o próprio país”.

“Os atos de indisciplina são intoleráveis nas Forças Armadas, põem em causa a coesão, põem em causa a segurança de todos e, portanto, o próprio país, a nossa segurança coletiva”, disse Helena Carreiras, no final de uma reunião de ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), em Bruxelas, na Bélgica.

Sobre o caso específico dos 13 militares que no passado dia 11 se recusaram embarcar no Navio da República Portuguesa (NRP) Mondego alegando falta de condições de segurança, a ministra da Defesa Nacional insistiu na necessidade de aguardar pelas averiguações que estão a ser feitas pelo Ministério Público e pelos “procedimentos requeridos no âmbito do Código de Justiça Militar”.

Helena Carreiras foi questionada sobre uma alegada denúncia feita, no domingo, pelos advogados dos 13 militares do navio Mondego de que “há indícios de prova que foram apagados” pela Marinha, pelo que irá ser feito um pedido de diligências de prova.

“Não quero pronunciar-me sobre este caso. É um caso que está a ser investigado, há processos disciplinares, o Ministério Público está a investigar, vamos deixar que isso aconteça”, respondeu a ministra da Defesa Nacional.

Contudo, Helena Carreiras disse estar “absolutamente confiante de que as Forças Armadas portuguesas têm a capacidade e as condições para desempenhar, como têm feito, as suas missões, com grande eficácia”.

“Desse ponto de vista aquilo que pode preocupar-nos é algum défice que temos, de facto, na manutenção e na operacionalidade, e é isso que temos vindo a fazer. A minha competência aqui, a do Governo, é tratar de políticas e medidas para lidar com esses desafios que temos, por razões que conhecemos todos de várias décadas sem guerra em que, de facto, esta questão não colocava com tanta acutilância”, concluiu.

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